quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Viver em paz

Sou uma mulher como qualquer outra no mundo. Só quero viver, viver em paz. Me faz muito mal saber que eu nunca poderia fazer tudo o que sempre quis. Queria escrever, não havia tempo, porque tinha que trabalhar para poder viver e não havia outra maneira de ganhar o pão. Sofri pressões por fazer aquilo que eu naturalmente precisava fazer. Morrer não é a solução, mas viver é. E estou viva até agora. Me perguntas se escrevi alguma coisa, e eu respondo que o pouco que escrevi é sobre a minha vida e sobre tudo o que passei: momentos bons e momentos tristes que marcaram meu coração. Agradeço a Deus que me deu saúde e forças para poder suportar tudo em seu nome. Minha mãe dizia sempre que quando Deus fecha uma porta abre uma janela. Levanta tua cabeça, pensa grande e segue pelo caminho que te é apontado, conta todos os teus passos e agradece a Deus por poderes caminhar, falar e ver que assim envelhecerás ao par das boas almas do mundo que pensam como tu.

Caderno de Poemas Íntimos, 24.8.1991, quinta-feira

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