quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Quinze de agosto que deu muito gosto

Um começo de vida a dois, ou melhor, a três, porque já existia uma criança de um ano e dez meses. Eu não imaginava que a vida fosse tão boa, começando sem nada, ou melhor, quase nada. Muito trabalho, muita força de vontade para crescer na vida. E
conseguimos, montamos uma pequena fábrica de móveis e juntos fizemos esta pequena fábrica progredir, e daí sim, ter o nosso sustento. Os anos passaram e nós lutamos muito, eu trabalhava com meu marido Theobaldo na fábrica, na qual se faziam móveis e
esquadrias. Eu pintava e envernizava os móveis e também trabalhava nas máquinas, por exemplo, na lixadeira, na furadeira, na cepilhadeira e outras, e era muito bom porque estávamos fazendo o nosso negócio render. Nas horas de pouco serviço na
fábrica eu ajudava meu sogro, Gustavo Hagedorn, a apanhar trato para o gado e fazia também os serviços da casa, junto com a minha sogra, Joana Hagedorn. Com o passar do tempo conseguimos construir uma casa nova, de material, já que onde nós morávamos era uma casa pequena e velha, de madeira. Mas até então também já havíamos construído
um galpão e tínhamos três vacas, que eu cuidava, tratava, tirava leite e vendia para os vizinhos, e era mais uma renda para ajudar no orçamento. (sem data) Passamos a residir na casa dele, em Jaraguá do Sul, na rua Venâncio da Silva Porto, 533, onde até hoje resido. Formamos uma família: Theobaldo Hagedorn, Cecília Zatelli e o pequeno Loreno Luís Zatelli, que mais tarde, em 1961, passou a se chamar Loreno Luiz
Zatelli Hagedorn. Montamos uma pequena marcenaria, fábrica de móveis. Eu trabalhava junto com meu marido e alguns funcionários. Mesmo no meio disso tudo eu ainda ajudava meus sogros: senhor Gustav August Ferdinand Hagedorn e sua esposa, senhora Johana Louise Wilhelmine Hoepfner. Eles tinham gado leiteiro e eu sempre ajudava no que podia, buscando ração, trato para o gado na roça, onde hoje aproximadamente se encontra o quartel da Polícia Militar. Ia com uma carroça puxada por um cavalo. Eu e meu marido também cuidamos dos pais dele até a morte. O Theobaldo tem ainda um irmão vivo, o Harry e uma irmã, Ondina.

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