quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Delícia sem fim

De onde vim e para onde vou, isto não importa, porque minha vida é uma doçura deliciosa, eu nunca deixo o amargor tomar conta dela. A noite, sento-me à relva e fico observando as estrelas, e me pergunto: Quantas são e qual é o significado de cada uma? Sentome na praia e deixo o mar molhar levemente meus pés, e é como se
os estivesse beijando. Eu sou feliz porque não faço mal a ninguém, gosto de tudo e de todos, se alguém quisesse ser meu inimigo, por qualquer motivo, então eu diria: Nada disso, então não vê que somos todos irmãos? Que tudo tem um começo e um fim, e que nós somos como os rios, que acabam no oceano, por menos que gostem dele? Esqueça portanto tudo o que é ruim e venha comigo sorrir, me dê a tua mão e gozemos as delícias da vida juntos. Gosto do sorriso de uma criança e dou, aos velhos, carinhos com esperanças. No meu mundo não há dias cinzentos, porque os pinto todos de azul. As
barreiras que se erguem à minha frente eu as transponho cantando, qual ave que se alegra pelo seu ninho, sem que coisas ruins a perturbe. O mundo é tão grande e nós, sendo tão pequenos, cabemos nele sem ódio, nem rancor, mas com uma alegria imensa de viver. Venha ver-me e conversar comigo quando estiveres triste, e eu te ajudarei com uma palavra amiga. Se estiveres alegre, venha procurar-me, para que eu possa participar da tua alegria e juntos iremos procurar quem precise de carinho, compreensão e afeto, e assim fazendo temos certeza que estamos aproveitando ao máximo
aquilo que é tão importante, que é viver.

(2.9.1975)

Nenhum comentário: