quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Em março de 1984 compramos um terreno na praia de Barra Velha. Em seguida, começamos a construir uma casa, mas fizemos devagar e aos poucos. Passado o tempo, a vida ainda nos mostrou e ensinou muita coisa. Quando estávamos construindo a casa, em junho de 1985, entrei na menopausa e sofri horrores com muita hemorragia. No dia 21
de setembro de 1985 eu fui roubada na casa do Nilton Coelho, em Barra Velha, casa onde a gente ficava enquanto construía a nossa. Foram roubados Cr$ 500,00. Dia 1.º de outubro de 1985 morreu a Keli, nossa cachorrinha pequinês, quando deu à luz três filhotes, que logo depois também morreram. Dia 9 de julho de 1986 fui a Joinville, no Ecocentro, fazer uma ultra-sonografia, para ver qual era o motivo de tanta hemorragia, mas foi constatada só a menopausa e nada de mais grave. Continuando
com o tratamento do Dr. João Biron, em Jaraguá do Sul, fui melhorando até ficar completamente restabelecida. E daí para a frente nossa vida correu normalmente.
Compramos uma casa em Curitiba para o filho, e tivemos que fazer um muro enorme porque os ladrões tinham começado a assaltar a casa. Dia 19 de abril de 1987 aconteceu o primeiro assalto, na casa de Curitiba. Ele estava viajando para Pomerode, com turistas, e então assaltaram a casa e roubaram muita coisa. Dessa primeira vez que assaltaram a casa levaram um televisor Sanyo preto e branco redondo,
comprado em 1975; um gravador importado auto reverse japonês; uma mala marrom de couro, com armação de ferro entre o couro, cheia de roupas: ternos, camisas, gravatas, meias e cuecas; um relógio Roskof (que havia sido de meu pai), mostrador de porcelana, do início do século, não funcionando; um relógio Swisart e um Eska (que
pertenceram a Max Hoepfner, tio de meu marido, que iniciou a construção do Cine Jaraguá, morrendo de acidente no trabalho), estes dois funcionando e mais três relógios antigos não funcionando, que não lembra a marca (ele os guardava como lembrança de amigos). Levaram mais roupas jeans e Lee, mais sapatos e tênis do Odair e esposa. Dia 2 de maio do mesmo ano, nova tentativa de assalto, sem êxito. Na época o filho estava no Rio de Janeiro, trabalhando na KSK Viagens. Dia 7 de maio fomos a Curitiba, de Belina, buscar a porta que os ladrões haviam danificado, meu marido voltou a Jaraguá do Sul para consertar a porta, eu fiquei cuidando da casa. À noite tentaram assaltar de novo, mas eu chamei a Polícia e os ladrões fugiram. Entre 22 e 24 de agosto do mesmo ano novo arrombamento, com êxito: levaram um bujão de gás, violão, máquina de escrever, foi o que eles encontraram, pois muita coisa nós havíamos trazido para Jaraguá do Sul. Mais ou menos um mês mais tarde os ladrões tornaram a entrar, agora pelo telhado, e chegaram a dormir na casa, já que o Loreno ainda estava no Rio de Janeiro trabalhando: é lógico, a casa estava vazia. Dia 6 de outubro de 1987, prejuízo na casa da praia, por causa da chuva de pedra. Dia 16 de outubro de 1987 grande prejuízo, também com a chuva de pedra, nas garagens de Jaraguá do Sul, garagens alugadas para os funcionários da WEG. Dia 23 para 24 de outubro de 1987, novo assalto à casa de Curitiba: entraram pelo telhado, mas a Polícia prendeu o ladrão, que nada conseguiu levar. Dia 25, o pai e eu fomos a Curitiba, recolocamos as telhas que haviam sido retiradas pelos ladrões, também tinham quebrado três vidros de janelas. Na volta do Loreno para Curitiba, mais um arrombamento enquanto ele estava trabalhando na Esatur Agência de Viagens, furtaram uma máquina fotográfica Yashika.

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