quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

O ontem, o hoje e o amanhã

O ontem é passado e ficou para trás. O que é que eu fiz na minha jornada? De tudo um pouco e de algumas coisas, muito. Como, por exemplo, chorei muito e ri muito, eu também rezei, doei, cantei, andei, parei, lutei, passeei, trabalhei muito e ainda trabalho, e gosto disso. Montei a cavalo e dirijo automóvel, li muito e ainda leio,
estudei pouco e aprendi muito. Por isto e por muito mais agradeço a Deus por poder ter feito. O hoje. O hoje é presente, é isto que estamos vivendo agora, é fazer tudo
o que se fez ontem e muito mais. É rir quando se tem vontade de chorar e chorar quando se deveria rir, andar quando se deveria parar e parar quando se deveria seguir. Olhar sem vontade de ver, e ver sem vontade de olhar, ter sem saber o quê e perder sem ter tido. Esperar sem saber por que,e quando chega o amigo gritar: "olha, meu amigo chegou". Estou desde as 12 horas esperando, mas esperando o quê? Horas, sim, as 5 horas da tarde, este é o presente entrando no futuro, o amanhã. Que venga el toro, sim, porque não se sabe o que vai acontecer amanhã, pode chover ou fazer sol, porque o futuro a Deus pertence, e ele faz do futuro o que quiser, então não tenho nada a dizer do futuro.

(4.9.1998)

A um quilômetro da casa do meu cunhado, ainda na Barra do Rio Cerro, me empreguei na casa do farmacêutico Antônio Manoel Corrêa, que tinha ali uma pequena farmácia, a Farmácia Galeno. Antônio era farmacêutico prático. Casado com Elda Baechtold, tinham três filhos: Vilma, Jaime e Jurema. A filha mais velha, Vilma, faleceu aos 18 anos vítima de acidente de trânsito em Joinville, quando praticava no Laboratório Catarinense, se preparando para eventualmente cursar farmácia e prosseguir com a profissão do pai. Foi enterrada no Cemitério Municipal de Joinville, vestida de
Rainha do Botafogo, time de futebol muito importante na época para Jaraguá do Sul e que ficava localizado na Barra., com o campo próximo ao Benthien, numa propriedade da família Buzzarello. O salão era à beira do rio Cerro, após a ponte coberta, em frente ao comércio do senhor Wolfgang Weege. Haviam construído uma nova sede um pouco mais adiante, em direção ao Rio da Luz, cerca de cinqüenta metros antes da Igreja Luterana da Barra do Rio Cerro. Mais tarde, Antônio e Elda tiveram uma filha da qual eu fui madrinha. De certa forma essa menina, Janice, veio preencher o vazio deixado pelo desaparecimento da Vilma. Foram excelentes patrões, e deles guardo muito boas lembranças. Antônio faleceu em Joinville pouco antes de completar 60 anos, sendo sepultado com sua avó, Infância, sua mãe Lúcia e sua filha Vilma, no Cemitério Municipal daquela cidade. A Dona Elda continua minha amiga até hoje.

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