sábado, 17 de julho de 2010

Um Ano, Duas Almas - 2010 - terceiro livro no prelo

Parte I
A Minha Alma


Natal e Ano Novo de 2009

Quando a gente pensa que já viveu tudo o que tinha direito e com idade bastante avançada eu ainda uns dias de grande felicidade. No Natal, por exemplo, tive uma grande surpresa, além de já ter sido presenteada com uma geladeira nova, mais uma surpresa pela qual não esperava: um forno de microondas (que recebi na noite de Natal). Eu já tinha um, que nem eu, “velho”!
Então meu filho e seu companheiro me deram um novo de presente!. O Natal é só alegria, mas não só pelos presentes ou pelas luzinhas na árvore de Natal e pelo presépio, porém pelo nascimento de uma luz maior que é Jesus. Muitos abraços, beijos, carinhos dos filhos, parentes e amigos. Veio o Ano de 2009. Feliz Ano Novo ou Feliz Ano Nove. Este foi especial, foi uma passagem de ano como poucas, ou melhor foi uma das melhores passagens de ano que tive em toda a minha vida. Foi na casa dos filhos Loreno e Zéio, fizeram uma janta para esperar a passagem do ano como poucas. O Zéio arrumou a mesa com uma toalha branca, tapete branco e brancas também eram nossas almas, com certeza. Foi tudo maravilhoso, fizemos nossas orações de agradecimento pelo ano que foi embora, com a certeza de termos cumprida nossa missão.
E o novo ano será também de muitas alegrias e muito trabalho. Espero estar a altura de tudo o que tenha que passar e for o gosto de Deus, cumprindo religiosamente o que vier pela frente. Agradeço a Deus e ao meu filho Loreno, a seu companheiro Zéio por tudo o que fizeram por mim durante o ano que passou e pelo jantar que fizeram com tanto carinho e amor. Por tudo isso e muito mais, eu digo, obrigada meu Deus!
Jaraguá do Sul, 1º. de janeiro de 2009.

Um conto e um ponto

Era uma manhã de primavera. E lá horizonte o sol não aparecia: o dia estava nublado (Parecia estar zangado, mas aos poucos ele se transformaria. O vento brando soprava suavemente entre as plantas e os passarinhos cantavam alegres e felizes e assim conseguiram mudar a carranca do tempo. Eu nasci longe do mar, mas mesmo sem conhecê-lo ele me fascinava e fascina até hoje. Daí o conto. Quando eu conheci o mar eu estava entre 20 e 21 anos, foi na praia de Itajuba/SC, em companhia dos meus patrões Sr. Aldo e Dona Edith Marquardt. Eles tinham casa naquela praia e foram passar as férias. Eu, como empregada deles tinha que acompanhá-los. Fiquei sem palavras quando vi lá ao longe, no infinito, o sol surgindo do mar! Como não conhecia nada, porém muito curiosa, cheguei na praia bem perto das ondas que rebentavam na praia: perguntei então a um pescador que ali se encontrava, se o sol nascia do fundo do mar. E ele me respondeu: - “Não, não é bem assim. É que o céu chega até o mar para cumprimentá-lo e lhe dá o sol de presente, por isso parece que o sol nasce do mar”.
O ponto, enxerguei também lá no horizonte. Foi lá que vi um pontinho bem pequeno e que se mexia prá lá e prá cá, subia e descia: era um navio tentando chegar ao porto, apesar das ondas enormes que o balançavam. Isto para mim, foi fantástico! Este foi meu CONTO e meu PONTO, e , enquanto minha cabeça funcionar sempre arranjarei alguma coisa para fazer e para poder viver mais feliz.
15/09/2009

Minha arma é minha caneta

Ainda estou em estado de choque, fui assaltada dentro de minha própria casa, por alguém que entrou numa porta de escola para aprender a ler e sabendo ler deveria ter aprendido a respeitar o próximo. Não, entrou numa sala de aula, e mesmo assim teve coragem de atravessar pela porta de uma casa de quem trabalhou para construir esta casa. Esta amiga do alheio levou o que não lhe pertencia. Uma pessoa com 14 anos não pode e a lei não permite que ela trabalhe, mas permitem que ela roube, assalte, mate até. As nossas leis criam bandidos e os nossos governantes continuam não vendo nada. Eles assinam as leis de olhos vendados, para dizerem que não viram nada. Estou revoltada, sim, porque tenho setenta e seis anos e trabalho desde os meus oito anos e até hoje não roubei nada de ninguém. Pago minhas contas rigorosamente em dia, nunca fiquei devendo nada a ninguém! No entanto me assaltam, levando o que eu tinha para passar o mês e pagar as contas para este governo ladrão. Governo Ladrão, sim, porque a gente paga uma vida inteira INSS e quando se aposenta recebe um salários mais cinco reais. Agora recebo um aumento de 5,92%. Infelizmente como eu recebo um salário mais cinco reais, consideram que eu não posso receber o aumento cheio. Afinal passam cinco reais de um salário mínimo. Mas o Governo tem dinheiro para construir presídios, ao invés de escolas. Ele deveria fazer um enorme campo de concentração, cercar tudo com muita segurança e colocar ali todos os bandidos, para que trabalhassem, de maneira que eles não precisassem mais reclamar que estão apertadinhos nas celas. Poderiam ficar ali também todos os políticos antiéticos e aproveitadores, policiais e autoridades em geral, que sejam corruptos, e que vivem as nossas , além de nos roubarem. Quando ouço algum político dizer que os presos passam fome e frio, e que as celas que deveriam receber vinte presos tem entre oitenta e cem presos, lembro que eles estão lá porque querem e o governo os apóia. Então porque os políticos não os levam para suas mansões, ou os que fazem as leis favorecendo o crime, levem-nos para casa, dêem cama e comida. Já que criaram as cobras que as levem para casa, afinal as cobras só irão incomodar um pouco, mas nunca irá passar a perna nos políticos, da mesma maneira que fazem esses mesmos políticos com seus eleitores. Depois, então, podem dizer: -“eu não vi nada”. Verão quanto dói uma saudade! Ou então que levem para o Castelo do fulano de tal, já que pelo jeito cabe bastante gente lá e também foi construído com dinheiro do povo. Levem todos os presos para lá, e lá irão se sentir todos muito confortáveis. Um homem trabalhando sofreu um acidente e teve amputado o dedo polegar (meu marido), mas não recebeu nada por isso e ainda teve que trabalhar antes de se recuperar totalmente, se não quisesse perder seu emprego, enquanto um metalúrgico safado perdeu o dedo mindinho e simplesmente foi aposentado por invalides, olha só a diferença.
Estou indignada com este descaso, com esta indiferença, com tanto insegurança que nem dentro de casa se está seguro, afinal de contas, estou presa dentro de minha própria casa e o vagabundo está solto nas ruas, contando com a proteção das autoridades e por favor que ninguém faça nada contra eles, porque daí então o cidadão vai para a cadeia. Acho que eles devem dar muitos lucros para os corruptos, muito mais do que quem trabalha, afinal quando o roubo é grande o lucro também o é. É isso que eu suponho. Deixem os jovens trabalhar e não os incentivem ao crime e ao uso das drogas. O trabalho não mata e nem põe ninguém na cadeia! Senhores políticos e demais autoridades, ponham a mão na consciência! Creiam mais em Deus!
11 de fevereiro de 2009 (Quarta-feira)

Aconteceu comigo

Era uma tarde chuvosa, eu havia recolhido todos os sacos de lixo para por na rua e o caminhão pudesse recolher. Eram três sacos. Por estar chovendo peguei a sombrinha e levei um por um até o portão. Em seguida ab ri o portão e fui levando da mesma forma, um por um, até o canto da calçada onde sempre coloco os sacos de lixo, já que o suporte para lixo que ali estava foi carregada pelos malandros. Então levei o primeiro e coloquei-o no cantinho e vim buscar o segundo, depois voltei para pegar o terceiro e qual não foi minha surpresa, vinha ao meu encontro um menino que calculei tivesse sete ou oito anos no máximo, ele carregando o saco de lixo e me disse: - “eu ajudei a avó.” Agradeci e coloquei o saco no cantinho, olhei para o menino e vi que ele voltava da escola. Estava com a mochila e o guarda-chuva, mas mesmo assim ele conseguiu trazer para mim o último saco de lixo. Eu fiquei imaginando quanto as autoridades se preocupam em assinar leis para libertar os bandidos, e os políticos ficam maquinando como fazer para tomar mais dinheiro dos contribuintes, para construir castelos, enquanto uma pessoa sem escrúpulos entra na casa alheia para roubar um mísero dinheirinho que muitas vezes de aposentados que vivem de migalhas, enquanto tudo isso está acontecendo, vejo uma criança dando um exemplo de vida e amor ao próximo carregando até um saco de lixo. Se os nossos governantes dessem este exemplo ao invés de estar viajando para o exterior levando toda a família com o nosso dinheiro, tivesse o bom censo de mudar esta lei que não presta prá nada, a não ser para encher o bolso e as cuecas dos políticos corruptos

Conversando com vocês

Lembro que pelos idos de 1946/47, morei uma curta temporada com meus pais no Alto Garibaldi/São Pedro. Digo curta temporada, porque logo depois saí de casa para trabalhar na cidade. Mas neste pequeno espaço de tempo fiz boas amizades, a gente se conheceu na missa dominical, ou “reza”, como era chamada, porque era representada por um senhor chamado de.... Fuzzi, fazendo o papel de diácono, já que o padre vinha só duas vezes ao ano rezar a missa. Então aos domingos juntava-se o pessoal da região, acompanhavam a reza e depois ficam batendo papo, falando sobre o que haviam feito durante a semana, já que todos trabalhavam na roça. Foi assim que conheci as mocinhas da época que se tornariam minhas amigas e era muito divertido. Entre elas destacaram-se a Regina Fuzzi e a irmã fuzzi,filhas do Sr. .....Fuzzi, a Josefina Milbratz e a irmã Aneta Milbratz filhas do Sr. Oscar Milbratz e Maria Fuzzi. Olinda Kanzler (Não lembro o nome dos pais), Olímpia Hilbert filha do Sr. Antônio e Catarina Hilbert, Anita Kleinschmidt, Hilda Scheberg. Essa era a turma que se juntava também aos domingos à tarde para conversar. Às vezes tinha uma “domingueira”, que hoje a juventude nem sabe o que é. A gente se juntava na casa de alguém e tinha um Sr. Pedrinho Fuzzi, que tocava acordeon e nós dançávamos a tarde toda, só moças com moças e os rapazes ficavam olhando. Depois cada uma ia para sua casa, porque tínhamos que ajudar os pais no serviço de tratar os animais, tirar o leite, recolher os pintinhos, enfim todo o serviço da casa. A gente era feliz e não sabia...
08/06/2009

O meu “eu”

Sou uma mulher com muitos defeitos, mas também de muitas qualidades. Uma delas é quere ser sempre eu mesma, Cecília Zatelli, que jamais quero ter outra identidade. O meu “eu” sempre falou mais alto desde a minha infância e foi assim que aprendi a amar o próximo e respeitá-lo como eu sempre quis ser respeitada e amada. Fiz de tudo na vida, eu sempre sonhei alto até quando eu entrava no mato fechado e cheio de espinhos para catar sementes de “cacheta” para fazer colares e sementes de “guarapuvú”, que eram as chamadas “patacas” que nós jogávamos na escola. Vencia quem acertasse mais “patacas” no buraco feito no chão de terra. Pulava “amarelinha”, brincava de rodas, mas quando era hora de entrar na aula, sempre estava pronta a prestar mais atenção no que a professora ensinava. Não tinha computador, meu computador sempre foi minha cabeça, e até hoje escrevo tudo com a mão e leio com o coração. Falando em mato e espinhos, me lembrei de um detalhe de quando eu era criança, eu tinha um apelido que era “espinho”. Por que eu não sei mas deve ter sido porque eu defendia meu “eu” e não deixava ninguém pisar em mim, por isso, eu me considero uma rosa e não um espinho. Uma árvore que nasce e outra que morre, assim também é a vida, uns nascem e outros morrem. Tem um velho ditado que diz o homem nascer cresce, se forma e depois fica bobo, casa, eu não sei se é verdade, pelo andar da carruagem ninguém mais fica bobo, porque ninguém casa, só “fica”. Por quê ? Porque é esperto! Ou não!
05/07/2009

Eu conto

Mas não contem para ninguém o que eu vou contar. Quando meus pais se mudaram de Rio dos Cedros para o Alto Garibaldi/São Pedro, eu tinha treze para catorze anos, mas uma vontade enorme de conhecer coisas novas. Minha grande fascinação sempre foram veículos, carros, “zorras”, cavalos que eu guiava com destreza, mas também sonhava com automóveis, aviões, imagina e nunca falava prá ninguém destas minhas fantasias. O que eu fazia e todos viam era pescar, subir em árvores (as mais altas possíveis). As frutas não as colhia do pé com um gancho , como se fazia na época, não, eu subia no pé e colhia a laranja , a tangerina, a goiaba, o Abio, que eram as frutas comuns que tinha no pasto e no quintal. Tinha uma roça de café e os pés eram bem altos, eu subia numa outra árvore do lado do de café e puxava o galho para colher e colocá-lo numa bolsa. E podia ter puxado o galho do próprio café e colhê-lo, como o faziam todos, mas aquilo não me fascinava. O prazer de subir em árvores e em ranchos até no telhado era maior que a minha pessoa. Mas um dia para colher goiabas, subi no pé que ficava perto da cerca de arame e não deu outra, lá fui eu me esborrachando encima da cerca de arame farpado e me arrebentei inteira. Mas a lição não serviu para nada, sarei e continuei, até que um dia enfiei o nariz num emaranhado de barraco de maracujá e os marimbondos me pegaram em cheio. Fiquei com o nariz e o rosto todo inchado por alguns dias. Continuei a minha caminhada sem medo do perigo que me rodeava o tempo todo, mas foi muito bom eu ter vivido a minha vida do meu jeito, porque as não eu não seria mais eu. Tudo o que a gente fez lembra com saudade, s[ó não lembra com saudades daquilo que não fez!
06/07/2009

O Nó que não aperta

Quando alguém está com muitas dívidas ou vários problemas difíceis de resolver, costuma-se dizer: - “fulano de tal está com a corda no pescoço”. Mas a corda não tem nó, porque, dívidas a gente paga, problemas a gente resolve – bem ou mal, mas resolve! Quando alguém entra em qualquer lugar a procura de alguém e não encontra, então pára, põem a mão na cabeça e pensa: - “como vou desatar este nó?” Com mais um pouco de paciência também se resolve. agora quando alguém está doente, sofrendo de alguma dor: - “pensa o que será que tenho que dói tanto?” Este é um nó difícil de desfazer, mas não impossível. Vejo por mim, pois sofro de artrite reumatóide, hérnia de disco, bico de papagaio, enfim, estou com tudo e não estou prosa. Mas é incrível, tentei fisioterapia, acupuntura e um longo tratamento com medicações. Mas foi quando resolvi tentar a fisioterapia e a acupuntura que pareceu que tudo piorou, então parei! Eu achei que o meu nó não dava de desatar, mas quando resolvi procurar me consultar com o meu médico que sempre me tratou e muito bem, o Dr. Luiz Bonilauri (da Clínica Santa Cecília), foi que percebi que o meu nó estava realmente desatando, pois com a medicação que ele me receitou, por incrível que pareça já surtiu efeito, quando ele disse que minhas doenças não tem cura, só podem ser aliviadas, para poder ter alguma qualidade de vida. O Doutor foi tão sincero, que, olhando nos olhos dele senti que minha vida ia mudar à partir daquele momento. E mudou! Às vezes uma palavra amiga, dita de coração, vale mais que um frasco de remédio. À partir daquele momento o meu nó começou a se desatar, junto com minha força de vontade. Eu sei que o que tenho, não tem cura, mas nem por isso vou desanimar, vou levantar a cabeça e seguir em frente, continuando com o tratamento ainda vou ter muita história para contar! Se Deus quiser! Aprendi que quando a gente está com uma corda na mão nunca devem os dar-lhe o nó, ou pelo menos não puxar para não apertar o nó e sim procurar desatá-lo. e também não devemos dizer: “Chega, não dá mais”, ou “paro aqui, e não faço mais nada”. Não, nada disso. Pega o primeiro trem que passar e segue em frente, com a corda toda e sem apertar o nó. Se alguém algum dia ler o que eu escrevi, podem crer que é pura verdade o que contei e, por isso, agradeço todos os dias a Deus, por me dar a cabeça para pensar, o médico para me tratar e um filho para me amar. “Obrigado por tudo”.
Jaraguá do Sul 20/07/2009

A Lagoa que não era Azul

Parecia que eu havia voado e pousei num lugar tão bonito que mais parecia um pedaço do céu. Aterrissei sem saber onde estava, mas, sem dúvida, era no Brasil. Sim, porque o Brasil é um pais muito lindo e rico, com tantas florestas, aves, animais e tem até gente, acreditem! Eu olhei ao redor e vi umas montanhas do outro lado de um rio, que imaginei cheio de peixes. Ledo engano, porque o homem conseguiu poluí-lo e acabou com a vida dele, que pena! A gente vê de tudo um pouco e um pouco de tudo. Os campos verdes, as frondosas árvores que nos dão sombra e algumas também que nos dão frutos. Todos os meios de comunicação nos levam a algum lugar, se nós prestarmos bem a atenção, principalmente para quem não tem condição de viajar para conhecer. Temos então os livros, os jornais, as TV’s, os rádios que nos fazem ver e ouvir tudo e assim podemos conhecer o mundo sem sair de casa. O meu estilo de escrever pode parecer pobre, mas me considero rica. Apesar de meu pouco estudo posso ler e escrever sobre este meu Brasil que é um país rico. Rico que eu digo, não é para quem tem muito dinheiro. Falo rico de cultura, por sua gente humilde que constrói o dia à dia, para que fique cada vez melhor. Como diz o título “a lagoa que não era azul”, ela era verde e cheia de esperança, mas tinha um pouco de azul, que é a fé, alguns riscos vermelhos – a cor do amor, e várias outras cores que eram as cores da poluição. Chorei porque vi então que a lagoa não era azul. Chorei porque vi então que alagoa não era azul como eu imaginava: - que pena!
25/09/2009

Ela Partiu

No dia nove de maio de dois mil e nove, liguei para a Ana desejando a ela um feliz aniversário, quando ela completou 84 anos. Ela muito feliz e contente atendeu ao telefone e disse que estava bem apesar da idade e eu pude perceber pela voz que ela realmente estava muito bem! No entanto a vida dá tantas voltas e quando menos se espera, pode cair uma trovoada ou mesmo fazer um sol muito quente ou ainda gear. Para Deus nada é impossível. Ouve-se o canto dos pássaros e de repente se calam, as árvores crescem e depois morrem e assim é com tudo o que está vivo. Com minha irmã Ana não foi diferente. Se num dia conversamos felizes por telefone, no dia 25 do mesmo mês, Deus telefonou para ela dizendo que a queria junto de si. Com o AVC que a acometeu dia 25 conseguiu ainda ficar até o dia 29 quando ela se despediu de todos na terra. O telefone tocou, mas não era Ana que falava e sim a Amélia, dizendo: - “Tia, a mamãe faleceu”. Deixou a todos muito tristes, mas com um consolo, Deus deixou por ela 84 anos entre nós e pode criar a família muito bem, junto com o esposo. Família, que é, aliás, uma família maravilhosa. Criou 10 filhos e teve a felicidade de ajudar a criar alguns netos. Ana, você partiu e agora o nosso telefone é por intermédio de Deus através das orações. Adeus, minha querida irmã e descanse em paz!
1º. de junho de 2009


A taça de vinho

Uma taça de vinho, tinto, rose ou branco, seco ou suave ou mesmo doce. Alguns pãezinhos de queijo, umas batatas fritas, ou um acarajé e uma turma de amigos sentados à mesa, comendo, bebendo e jogando conversa fora. Tem coisa melhor do que bons amigos, eu disse “bons amigos”. Um deles se levanta e diz: “Amigos, eu preciso ir para casa, m as antes preciso passar no supermercado e fazer umas compras senão não entro em casa hoje”. E assim foram saindo todos, cada um para ou lado ou para outro: seguiram seus caminhos. Passou o tempo e tornaram a se encontrar ali naquela mesma mesa de bar, então disse um deles: -“Vocês se lembram daquele dia que aqui estivemos?” – ”Sim, lembramos” – responderam. “Pois é... “– disse o primeiro – “eu queria esquecer aquele dia!” “Por quê?” – perguntaram os outros. ”No caminho de casa, passo por uma rua onde tinha uma casa muito antiga, mas muito bonita e que eu sempre admirava. Ela era feita de tijolos à vista (do tipo enxaimel).” “E daí, o que tem a ver a casa com o dia em que estivemos juntos?” – perguntou um amigo. “Pois é. É que quando cheguei perto da casa, olhei, olhei e pensei, será que estou ficando louco? Que nada. A CASA HAVIA DESAPARECIDO. Tinham destruído aquela linda casa para construir uma nova de madeira. Esta casa era do Sr. Buzzarelo e ficava na Barra do Rio Cerro. Até hoje quando passo por ali me lembro daquela casa, que pela ganância pelo novo perdeu seu lugar ao sol, coitadinha.” Os fortes persistem, os fracos desistem e a casinha fraca se foi. Uns nascem para escrever a história, outros para ler a história escrita e outros, ainda, para destruí-la.
29/08/2009

As quatro estações do ano

Primavera, verão, outono e inverno. Estas estações às vezes se fazem presentes num dia só, como hoje, por exemplo. Amanheceu um dia ameno, sem sol, mas bem agradável, mas ainda pela manhã apareceu o sol e bem quente. Logo depois do meio dia, o tempo começou a se fechar e três e meia da tarde, levantou um vento forte, começou a chuviscar e, em seguida trovejar dando sinal de trovoada. È o tal quatro em um! O ser humano não é muito diferente, falo isto por mim porque às vezes eu levanto pela manhã meio cabisbaixa ou “gorocochó”, mas vou em frente. Começo a fazer o serviço e o meu astral levanta um pouco e sigo em frente, almoço, vejo as notícias na TV. Então meu astral desce de novo, pois só se vê políticos corruptos, gente matando gente. Mudo de canal e aí ouço e vejo: - homem bate em mulher por ciúme e vai preso, porém tive a impressão de que na delegacia perguntaram se ele é pobre ou rico. Se for pobre fica preso, se for rico paga fiança e é liberado e ainda diz – “Não tenho nada a declarar, são coisas de famílias”. E mais uma vez me decepciono com nossas autoridades, que são sempre a mesma coisa, ou seja, o dinheiro fala mais alto. E continuo o restante do dia indignada e chega a noite. Estou cansada, quero ver um pouco mais de TV. Assisto às novelas e em seguida ao noticiário, e mais uma vez, mortes assaltos, seqüestros, drogas, roubos e os políticos felizes da vida levando toda a família para mamar na teta generosa do governo. Mas isto não é nepotismo, são coisas da vida. É normal que façam isso, porque nós brasileiros pagamos tantas taxas e impostos para o governo e se eles não gastarem quem vai gastar, não é mesmo? Eu só queria, antes de morrer ter o prazer de ver uma dessas altas autoridades passar um mês, só um mês, com o salário de um aposentado que ganha o mínimo. Eu queria ver o que este político, ou seja ele lá quem for, passar um mês com um salário mínimo. Gostaria de assistir de perto, só para ver como ela faria para sobreviver, coisa que nós temos que fazer com este salário, ano após ano, com estas migalhas, enquanto eles gastam o dinheiro da nossa saúde e da nossa sobrevivência. Eles não vivem as quatro estações do ano. Para eles sempre é dia de festa, fazem quadrilha não para homenagear a São João, São Pedro e Santo Antônio. Formam quadrilhas e ficam estudando qual é o próximo golpe que irão aplicar em nós pobres brasileiros. A trovoada passou, estou um pouco mais calma, mas quando me lembro de tanta injustiça, me perco na madrugada e espero o dia amanhecer. Ele não amanhece. Não vejo a solução. Espero a noite chegar novamente. Ela não chega. Então realmente não tem outra solução, a não ser se apegar a Deus. Ele me conforta, me acalma a minha alma. Sinto-me então mais leve e é por isso que agradeço a Deus todos os dias e todas as noites, por ele me proteger a mim e a toda a minha família, amigos e inimigos e é por isso que eu digo: - Obrigada meu Deus!
07/09/2009

Minha primeira habilitação

Foi lá pelos idos de 1975, no mês de julho que eu fiz uma loucura. Precisei ir até ao centro da cidade para cuidar dos dentes. Resumindo, fui ao dentista e na volta passei em frente ao escritório onde o Sr. Lúcio Machado, que dava aulas de teoria e prática para formar motoristas. Eu sempre tive vontade de aprender a dirigir. Entrei no escritório sem compromisso. Perguntei como deveria fazer para me matricular. Ele olhou para mim e disse: “É só trazer sua identidade e já podemos fazer a matrícula e amanhã já pode começar as aulas. Como eu tinha meus documentos na carteira, já fiz a matrícula e no outro dia, pela manhã, fui assistir a primeira aula. Mas antes disso cheguei em casa e disse ao meu marido: - “olha me matriculei na auto-escola, vou aprender a dirigir, vou começar amanhã e preciso de Cr$ 250,00 (duzentos e cinqüenta cruzeiros) para dar de entrada e os outros Cr$ 250,00, quando receber a carteira.” Meu marido me chamou de louca e disse que eu não iria dar conta, porque eu era muito nervosa e afoita. Disse mais: -“nós nem temos carro!” Mas eu não desisti e disse: - “Carro a gente compra depois que eu souber dirigir” – sabendo que ele também não dirigia, nós só pilotávamos bicicletas que era o nosso meio de transporte. Mesmo contra a vontade do meu marido, eu fui fazer curso. Primeiro as aulas teóricas. Fiz oito aulas e até então não havia pegado no volante e tive a oportunidade de ir à Joinville, com a auto-escola fazer a prova teórica, que na época era feita lá. E fui sem ter aulas práticas, fiz só o exame de teoria. E passei. Voltamos para Jaraguá e no outro dia comecei a fazer a prática do volante. E u teria que fazer doze aulas, mas fiz apenas nove e o instrutor me perguntou se eu queria tentar o exame prático em Joinville, antes de terminar o curso. Eu perguntei: -“Posso?” “Claro” – disse ele – “se você rodar, continuamos as aulas e voltamos novamente para Joinville para fazer o exame”. E lá fui eu! Para minha maior surpresa, passei no teste e já podia receber minha carteira. Devo dizer que as aulas não eram freqüentes e sim alternadas, havia semanas que fazia uma aula, outras duas, mas nunca mais de três aulas por semana, só que deram livros para estudar e eu estudava muito, porque a vontade de dirigir era prá mim maior do que qualquer obstáculo. Ralei prá caramba mas cheguei lá. Uma observação, quando fui me matricular, eu perguntei ao instrutor se eu não seria muito velha para aprender a dirigir já que eu estava com quarenta e três anos e ele me incentivou e disse que a idade não muda nada, eu é que deveria saber o que eu queria. Se eu podia, então fui em frente. Só para terminar mais esta etapa da minha vida, foi no dia 11 de novembro de 1975, que eu recebi minha primeira habilitação. Mas lembro como se fosse hoje apesar dos meus quase 77 anos. Naquele dia eu via mais uma vitória na minha vida. Sempre fiz tudo o que eu quis na minha vida, ou melhor tentei fazer. Às vezes dava certo, à vezes não. Tá tudo bem, só sinto não ter aprendido a pilotar um avião. Há-há-há! Obrigada meu Deus.
18/09/2009


O telefonema

Eram quatro horas da tarde do dia 11 de setembro de 2009. Uma tarde chuvosa. Eu estava sentada na cozinha de minha casa conversando com uma sobrinha (a Lorita Holler e Joice, a filha dela). Elas tinham vindo me visitar e, de repente, o telefone toca. Eu atendo: - “Alô”. Do outro lado uma voz perguntava: - “Quem está falando?”. Então eu perguntei: - “Com quem quer falar?”. A voz disse que queria falar coma Cecília Zatelli. E, por eu não reconhecer a voz perguntei: - “Quem quer falar com ela?” E ela respondeu: - “È a Regina Fuzzi”. Fiquei pasma. Era uma amiga cuja voz eu não ouvia e sequer via pessoalmente há muitos anos. Ela me ligou para dizer que gostou muito dos meus livros que escrevi. A filha dela era a Madalena comprou dois: o primeiro, com o título de “Minhas e outras histórias” e o segundo denominado simplesmente “Cecília”. E deu de presente para a mãe. Tivemos uma longa conversa. Ela me fez lembrar de muitas colegas de juventude, lembrando uma a uma, cada qual com sua história diferente. O tempo passou, o homem foi à lua e olha nós aqui outra vez, depois de tantos anos, longe uma da outra e cada uma traçou seu rumo na vida, de um jeito ou de outro, mas continuamos vivas para poder recordar, pois recordar é viver. Viver com dignidade, com muito amor, por tudo e por todos, principalmente pela vida, e com muita paz, saúde e fé e temor a Deus. Com a promessa de ambas as partes, desligamos o telefone, mas prometendo uma para a outra de nos encontrar um dia e poder matar a saudades. Matá-la não e sim cultivá-la, pois a saudades é tão boa que quando tudo acaba, sempre fica a saudades. Então ela não pode morrer e ninguém poderia matá-la jamais. E assim termino este episódio de minha vida com agradecimentos à Deus, por ele me deixar escrever mais esta passagem em minha vida. Ainda quero lembrar quem não dá valor ao passado, não tem presente e nem futuro, já que tudo começa no passado. É o que eu penso. O bem e o mal sempre devem estar juntos para saber qual dos dois a gente quer seguir.
11 de setembro de 2009


Na contra mão

Eu estava andando na contra mão, quando vi do outro lado da rua um ônibus estacionado. Era um ônibus muito antigo, daqueles que ainda tinham o porta-malas no teto do carro: era uma grade bem grande que tomava todo o teto do ônibus. Lá eram colocadas as malas, sacos, pacotes, todos presos a grade. Até gradeados para transportar galinhas e às vezes até porquinhos, se não fossem muito grandes eram transportados encima do ônibus. À distância que o ônibus fazia três vezes por semana era de 30 ou 37 quilômetros, todos por estrada de terra, que o Sr. Oswaldo Bloedorn sabia como ninguém dirigir nestas estradas. O Sr. Oswaldo era o dono do ônibus. Ele morava no Alto Garibaldi, na localidade de Jaraguazinho. Fazia este percurso trazendo o povo do interior para fazer os seus negócios na cidade, então eram estes passageiros que traziam as mercadorias para vender na cidade. Além das galinhas e porquinhos, traziam também os ovos, leite, queijo, aipim, batatas, enfim tudo o que tinha sobrando que a família não conseguia absorver, traziam para a cidade para vender e com isso pagavam seus impostos, compravam roupas e o resto dos alimentos que não eram cultivados no sítio. Vinham sempre as segundas, quartas e sextas-feiras. Desciam pela manhã e subiam à tardinha. No começo falei em andar na contra mão e quem não fez isso um dia, não precisa ser a pé ou de bicicleta ou ainda de moto, ônibus, caminhão, ou ainda de avião. A contra mão da vida na qual às vezes se entra e não dá mais para voltar, precisa de muita força de vontade para sair na contramão, é necessário levantar a cabeça, olhar para o lado e quem sabe atravessar a rua e seguir pela outra avenida onde nos é favorecida a mão. Foi isto que o Sr. Oswaldo fez durante toda a sua vida, dirigir sempre na mão certa. Foi por isso que ele conseguiu levar o ônibus até o ponto final. Hoje o asfalto está em toda parte e até no Garibaldi/Jaraguazinho tem o asfalto. Se o Sr. Oswaldo estivesse vivo a vida dele seria bem mais fácil para poder dirigir um ônibus mais moderno e no asfalto. Ou não?
19 de setembro de 2009

Sem Título

Dia 28 de outubro de 1954 amanheceu um lindo dia de sol. Era um convite para o trabalho, para quem gosta de trabalhar. Eu estava grávida, prestes a dar a luz. Mas aquele dia convidava para a faxina da casa. Como eu morava com minha mãe e minha irmã Clara e o cunhado Arthur, com sua família, e me via na obrigação de ajudá-los no serviço. Era o mínimo que eu podia fazer na época, já que eu tinha sido abandonada pelo pai do meu filho pronto para vir ao mundo, Eu estava de graça, pois era a primeira vez que passaria por esta experiência de ser mãe e mil coisas passavam pela minha cabeça. Mas aquele dia, especialmente, eu queria era trabalhar. Então tirei todas as cortinas das janelas da casa de minha irmã e lavei todas, enquanto as cortinas secavam ao sol aproveitei e lavei todas as janelas as vidraças, enfim, fiz uma faxina. A tardinha aproveitei e passei cortinas que já estavam secas e as recoloquei no lugar – Arre! Missão cumprida! Chegou a noite, jantei e depois fui descansar. Ma já não me sentia muito bem. Como todo marinheiro de primeira viagem não sabe se o mar é alto ou baixo, eu me sentia assim, sem saber o que iria acontecer comigo. Era meia-noite do dia que iria começar 29/10/1954. Eu comecei a sentir muita dor. Então falei para minha mãe. Ela logo disse que sabia qual era esta dor. Então meu cunhado chamou um vizinho que tinha um caminhão (este era o único meio de transporte) e junto com minha mãe. E o Sr. Horácio Rubini que era o dono do caminhão, me levaram até o Hospital São José, que na época era o único hospital em Jaraguá do Sul e estava onde hoje se localiza o Hospital Jaraguá passou a se chamar assim depois que apareceu o outro hospital São José, que fica localizado no Centro. Pois bem, chegando lá o Sr. Horácio nos deixou e voltou para casa, que era a uma distância de sete ou oito quilômetros. Eu e minha mãe lá estávamos esperando o meu menino nascer, cheia de medos, mas firme andando de um lado para o outro, enquanto podia andar. De repente não consegui mais parar de pé. Minhas pernas fracassaram e deitei. Eram duas horas da madrugada e mal consegui deitar. E meu menino nasceu, lindo como um anjo que vinha do céu. Minha mãe teve o privilégio de tê-lo em seus braços antes de mim. Amanheceu e minha mãe foi para casa a pé, pois não havia CONDUÇÃO. Eu fiquei e por se tratar de um fim de semana, não davam alta. Só recebi alta no primeiro dia útil que era o dia 31/10/1954. Meu cunhado e minha irmã, vieram me buscar com o mesmo caminhão e fomos imediatamente a Igreja de Sta. Emília, localizada mais ou menos onde hoje é a Matriz de São Sebastião, só que era mais no alto do morro, uma igrejinha pequena, mas muito bonita, com vitrais enormes e coloridos. E foi ali que meu herdeiro foi batizado como nome de Loreno Luiz Zatelli. Uma observação: escolhi este nome – Loreno – porque conheci uma família em Jaraguá do Sul cujo pai se chamava João e o filho Loreno. Eram os Marcatto. O pai do meu pequeno Loreno também se chamava João. Por eu achar a família Marcatto muito bonita e bem sucedida repeti a dose com o Loreno filho do João. Hoje é o dia 29/10/2009 e o meu pequeno Loreno cresceu. Hoje é um homem e está fazendo 55 anos, bem ou mal vividos. Mas está aí firme e forte, me ajudando no que pode, já que depois de tudo, eu perdi meu companheiro que foi um pai para meu filho. Estou sozinha há mais de cinco anos, mas sempre com Deus do lado e meu Santo Antônio me protegendo. Meu filho me dando a maior força. Por isso eu digo mais uma vez: obrigada meu Deus!
Jaraguá do Sul, 29 de outubro de 2009.

Mais um fim de ano

Eu me sinto muito frágil, fico triste e alegre ao mesmo tempo. Lembro tudo o que passou no ano que se finda e fico imaginando o novo ano como será? Todos se preocupam em vestir uma roupa nova, branca talvez, ou amarela, azul, sei lá. Só eu penso diferente. E acho que o bom das pessoas é o que está dentro delas e não na roupa. Porque é a gente descasca a fruta e não come a casca? Porque o bom está dentro dela, a casca pouco importa. O ano é novo, mas a pessoas envelhecem e devem se retratar desta forma. Amarem-se umas às outras, respeitarem-se e acima de tudo se aceitarem com elas são. A menos que sejam muito mais e queiram se resignar e começar o ano novo com o coração aberto e com liberdade de poder fazer o bem, seja para quem for. É assim que eu acho deveria começar o ano novo, com sinceridade, sem mentiras ou calúnias, sem rancor, ódio, inveja, porque se for assim nada vai valer aquela roupa nova de cores variadas e sem nada por dentro. Ali adiante você pode ser atropelado ou causar um acidente e a roupa não vai te salvar. Faça uma oração ao lembrar o ano novo, que só assim ele virá com a proteção divina. Se você não pode comprar uns fogos para queimar na virada do ano, não faz mal, vira o ano cantando, rindo, junto com quem você quer bem, com quem você ama. Os fogos queimam e se acabam, mas o amor, a convivência, a fraternidade deve ser eterna. Feliz ano novo
1º./11/2010


Um passeio inesquecível

Por me encontrar meio “dodói” e não poder andar muito, pois estou com artrose e bico de papagaio, então estou muito parada, se ando muito dói a perna. Então não dá para andar, daí vamos escrever. E me lembrei de um passeio que fizemos e meu marido. Era o fim de ano de 1977, nós saímos de casa sem destino. Fomos até Curitiba e depois seguimos no sentido de Foz do Iguaçu no Paraná. Mas antes passamos uma noite em Laranjeiras do Sul , no outro dia era véspera de ano novo. Fomos até Matelândia. Lá passamos o fim de ano com um primo do meu marido que era pastor da Igreja Evangélica Luterana. Naquela noite ainda fomos até Céu Azul, porque o Pastor foi rezar um culto a meia noite. O casal tinha um filho pequeno que estava com sete meses – o pequeno Samuel. O pastor se chamava Romeu Otto Hoepfner e a esposa Mirian Siegler Hoepfner. O pequeno Samuel havia nascido no dia 22/05/1977. Depois do culto voltamos para a casa do Romeu e junto com outro casal de pastores, festejamos o ano novo. O pequeno Samuel tinha um peniquinho que lhe servia de banheiro. A Mirian sentava ele no penico e ele ficava tão quietinho fazendo suas necessidades. Sua pose e caladinho assim ele até me admirava! No dia primeiro de janeiro de mil novecentos e setenta e oito, bem cedo, partimos rumo ao Paraguai. Viajamos até quase o meio dia, até chegarmos a Assunção, capital do Paraguai. De lá fomos até o Chaco, atravessamos o Rio Paraguai e chegamos lá na reserva indígena. O mesmo guia que conduzia a embarcação que parecia um ônibus, ele mesmo nos levou para conhecer os índios que vivem ainda como os verdadeiros índios. Foi tudo muito bonito. À noite, após o passeio, dormimos no Ford Belina, uma vez que nós sempre levávamos tudo para poder pousar nela, se fosse preciso. Então encostamos a Belina em frente ao Palácio do Governo em Assunção e dormimos. No outro dia iniciamos a nossa viajem de volta ao Brasil. No Brasil fomos visitar a Itaipu Binacional e depois as Cataratas do Iguaçu. Foi um passeio inesquecível. Sinto saudades de todas as extravagâncias que eu e meu marido fazíamos. Nós nunca programávamos nada. Resolvíamos viajar e lá íamos nós. Uma vez em viajem nós resolvíamos para onde ir, e foi sempre muito bom. Foram bons tempos que não voltam mais. Mas com a lembranças a gente vive tudo de novo, até um passeio inesquecível!
02/11/2009

O novo melhor

Não há nada no mundo que sendo bom, não haja algo melhor! Se o dia foi bom, virá outro melhor. Se o trabalho foi bom, pode ser melhorado. Se teu amigo for bom, poderia aparecer outro melhor. O amor está bom, ele pode melhorar e muito. Quando a gente pensa que está tudo bom é aí que vai começar a melhorar. O livro que estás lendo, está gostando? Mas vias ter outro melhor. O meu que estou escrevendo, por exemplo. Penso muito no passado porque recordar é viver. Por isso eu vivo cada dia lembrando o que passou. Lembro o dia que sai de casa para trabalhar. Foi muito difícil para quem nunca tinha saído de casa a não ser para passear. De repente você está numa casa estranha e chega a noite e não dá para voltar para casa, mas a vida não estava ruim. Mas eu sempre pensava em melhorar. Levando duas malas, uma bem pequena, a outra um pouco maior. Na pequena levava meus pertences e na maior o que meus pais haviam me ensinado! Recomendações: - nunca mintas para ninguém, nunca tomes nada dos outros, cuida só do que é teu, nunca respondas “malcriação” aos mais velhos. Faças sempre tudo direitinho o que te mandarem fazer, obedece sempre aos teus e sejas sempre amiga dos teus amigos e amigas. De um modo geral é: nunca te deixes levar para o mau caminho. Muito difícil, mas não impossível. Até ali tudo bom, mas eu sempre quis melhorar! Levantaria muito cedo para começar meu trabalho. Depois de já ter feito alguma coisa, ia tomar meu café da manha. Assim foi minha vida, sempre trabalhando para poder ganhar alguma coisa e poder melhorar minha vida. E, de certa forma, melhorou, só que com muito sofrimento e sacrifício e também muita alegria, porque a vida não é só feita de sofrimentos ou só alegrias. Tem o trabalho e às vezes muita desilusão. Mas tudo faz parte da vida para que a gente possa crescer espiritualmente e também financeiramente. Nunca faltaram. Nunca faltaram, em minhas orações, agradecimentos a Deus, por tudo o que conquistamos, porque tudo era graças a Ele que sempre me protegeu. Apesar de tudo tive uma vida equilibrada em todos os sentidos. E é por isso que agradeço todos os dias e todas as noites de minha vida, mesmo quando sentia uma dor de dentes, ou quando me machucava (como numa ocasião em que cortei dois dedos numa plaina na marcenaria), mesmo com dor de barriga ou dor nas pernas ou seja qual for a dor que esteja sentido eu digo: Obrigada Meu Deus!
18/04/2010

Lembranças

Amnarelinha, Pega-pega, esconde-esconde, ciranda-cirandinha, a gata pega, bolinhas de gude ou jogo das patacas, eram jogos e brincadeiras do meu tempo de criança, que hoje as crianças nem conhecem. Mas por um lado é bom porque se ainda existissem este brinquedos nós, os idosos, iramos quere brincar. Daí iriam dizer: - “olha aquela velha virou criança de novo, ficou gagá” – e não ia dar certo! Mas que era bom, ah isso era! Na escola eu tinha muitas coleguinhas, algumas mais especiais, como por exemplo, tinha uma memina que se chamava Celina Lazzarini. Ela tinha mais ou menos a minha idade. O pai dela ficou viúvo e tinha vários filhos que ele criou sozinho. Mas Celina era a única menina e era muito minha amiga. Por morar próxima a minha casa o pai dela a deixava brincar comigo aos domingos a tarde. Havia um coral de homens que cantavam na igreja na hora da missa e meu pai e o pai dela faziam parte do coro. Eles ensaiavam durante a semana, sempre á noite. Juntavam-se um dia na casa de um, outro na casa de outro. E assim quando o ensaio era na minha casa a Celina vinha com o pai, o Sr. Caetano Lazzarini. Então nós brincávamos de bonecas até que ele ia embora. Nós tínhamos muitas abóboras para tratar os porcos, então eram retiradas as sementes e secadas ao sol, sobre uma taboa. Depois eram guardadas para a próxima plantação. Mas tinham em seu interior, depois de descascadas uma amêndoa gostosa. Depois de secas, tirava-se a casca e se podia comer a amêndoa. Numa dessas noites, enquanto acontecia o ensaio lá em casa a Celina veio com seu pai, como de costume e eu perguntei se ela gostava de comer sementes de abóbora. Ela disse que sim. Então pegamos as sementes , setamos na carroça que estava no pátio e comemos todas as sementes que minha mãe havia reservado para plantar. Quando ela foi ver não tinha sobrado nenhuma prá contar a história e nós duas ficamos com uma baita dor de barriga! A Celina quando terminou o curso na escola da região, foi para um convento e se tornou irmã catequista. Depois não sou mais nada dela. Que tempos bons aqueles em que a gente brincava sem se preocupar com nada, que pudesse acontecer no dia seguinte. Tudo era festa, tanto na escola quanto em casa. A gente não tinha rádio, muito menos TV. Mas tínhamos os livros que nos ensinavam tudo o que precisávamos saber. Quando era verão e as noites quentes de luar e o céu estrelado eram um convite para dar uma volta, então minha mãe dizia para meu pai: - “vamos até a casa do Arduino Dalpiaz?” e papai já concordava e nos levavam junto para brincar com as crianças. Uma noite dessas, fomos lá na casa deles, a casa do Arduino e da Ester (que era a esposa dele). Era uma noite linda de luar. Apareceram mais algumas primas que também queriam brincar. Por ser uma noite muito clara, por causa do luar, brincávamos na rua, no quintal da casa que tinha muitas árvores. Estávamos brincando de esconde-esconde. Era assim, uma ficava no posto como soldado e as outras se escondiam. Essa que ficava tinha que tapar os olhos e contar até cinqüenta, então ela gritava: - “Lá vou eu”. A última que ela achava tinha que ficar nos posto. Só que quando ela era encontrada tinha que gritar seu nome, prá gente saber que esta era a que estaria fora. Eu só caia o tempo todo. N ao conseguia correr, levava cada tombo. Machuquei-me toda, ralei os joelhos, mas me levantava e seguia em frente. Nós estávamos cansadas quando de repente a Dona Ester disse: “Venhi, matelote, venhi a bevere Il café, venhi anche voi altri matelate”(1) Fomos todas para a cozinha e uma menina começou a dar risadas. Ela olhava prá mim e ria de se torcer. Todas queríamos saber por que ela ria tanto! Ela disse que eu caia tanto porque estava com a saia do uniforme do lado avesso e a bruxa tinha sentado em cima de mim e me derrubava. Eu havia ficado tão contente quando a mamãe disse que iríamos lá no Arduino, que fui imediatamente trocar de roupas. Vesti meu uniforme de escola e a saia havia ficado do avesso. Então rimos todas juntas e tomamos o café e voltamos a brincadeira até que meus pais chamaram para irmos para casa.Os nomes das meninas que estavam na brincadeira, além de mim, eram minha primas Adélia e Honória, a Delfina (que era filha do Arduíno) e havia também os meninos: Lino, Honório e Gelindo (irmãos da Delfina) e o Marino que era meu primo irmão da Honória, da Adélia e Mercedes. E assim encerramos a noite de brincadeiras.
18/06/2010
(1)”Venham garotos, venham tomar café, venham vocês também garotas”


Quinze de Setembro

Era um domingo lindo de primavera dia de Nossa Senhora das Dores (La doloratta). O sol já se fazia presente. O dia prometia, os sinos da pequena capela de Nossa Senhora repicaram chamando os fiéis para a santa missa. A pequena capela ou igrejinha se situava num morro não muito alto no pequeno povoado chamado Encruzilhada (La crozara). O povo era muito religioso, eu sei porque lá nasci e me criei até meus catorze anos. Depois deixei este lugar com muita saudades. Mas é a vida. Assim mesmo precisamos seguir em frente e construir nossa existência cada um do seu jeito. Mas como falei no começo era dia de Nossa senhora das Dores, padroeira daquela capela e, portanto, dia de festa. Todos vinham assistir a missa e depois começava a festa propriamente dita. Tinha churrasco, pão doce de vários tipos e tinha boa música para alegrar o povo. Na véspera os homens haviam cortado palmitos no mato, haviam enfeitado a subida para a capela, bem como pátio e ainda haviam amarado bandeirinhas nos palmitos. Era um dia de festa linda, onde todos estavam felizes. Tinha também rifas com brindes que o povo mesmo oferecia para alegrar ainda mais a festa. Também traziam bolos e pão que faziam em casa e doavam para a manutenção. Tinha também uma cancha de bocha que ficava ao lado da igreja, perto da armação do sino, que aliás, tinha uma corda pela qual se puxava para ele repicar, chamando os fiéis como já disse, para a missa. O meu pai com mais alguns amigos costumava ir aos domingos a tarde jogar bocha lá na cancha da igreja. Era o divertimento dos homens daquele lugar. Costumavam também jogar cartas que chamavam de “cinquilho”, ou ainda jogavam “La mora”. Este era outro jogo gostoso de se ouvir, eles gritando números para saber quem iria acertar. Mas voltando para o dia da festa quando tudo parecia perfeito e certo, aconteceu o inesperado já era tarde e tinha uma turma de homens jogando bocha. A cancha era cercada de taboas que serviam de banco para quem estava apreciando o jogo. De repente ouviu-se uma gritaria, um alvoroço, um corre-corre. Havia um senhor passando mal e todos gritavam por socorro, pois uma cobra havia picado o Senhor Angelo Vicenzi, mais conhecido como Angelin Roxo. A cobra havia picado o dedo da mão do Sr. Angelo e naquela época os recursos eram poucos. Apesar de levarem ele a um pequeno hospital que havia na vila, chamado Hospital Dom Bosco, apesar de todo o esforço do médico o Sr. Angelo chegou a falecer e por se tratar de um membro muito fiel à igreja, a festa acabou e todos ficaram muito tristes pelo acontecido. Segunda-feira a mesma igreja que estiveram em festa no domingo se cobriu de luto ao receber o corpo do Sr. Angelo para a missa fúnebre. Esta é a minha história verdadeira que aconteceu quando eu tinha oito anos de idade, mas que ficou para sempre na minha memória e por isso resolvi contar para vocês. Já se passaram muitos anos, afinal já estou com setenta e sete anos, mas c gosto muito de lembrar o passado. Para mim tanto faz se foi triste ou alegre. Bom ou ruim o passado é sempre lembrado porque eu sempre digo que quem não tem passado só vive o presente, já que o futuro a Deus pertence.
30/06/2010

A Cama de Casal

A cama de casal pode ser considerada um palco, onde um casal age e fica representando o tempo todo. Mas para ser feliz são necessárias três coisas: amar, amar e amar! Sim porque quem ama respeita, quem ama aceita, quem ama perdoa, quem ama quer muito bem. E quem quer bem sabe amar é uma força que transporta de um lado para o outro sem machucar. Então não façam da sua cama um palco. Façam dela um ninho de amor! Nossa casa pode ser muito grande, mas mesmo assim às vezes não cabe nela um determinado móvel grande, ou algum aparelho que não tenha sido planejado antes. Mas o amor cabe em qualquer cantinho, por menor que seja ele cabe lá. Ninguém precisa pagar para amar. O amor é de graça. Deus amou e ama a todos, sem perguntar isto ou aquilo. Então faça o mesmo: ame sempre, seja quem, quando e como for. Ame sempre!
01/03/2010

As pontes de Jaraguá do Sul

As enxurradas levam as pontes. O desgaste, a corrosão, tudo leva a acabar com as pontes. Aí começa a parafernália. Os políticos pedem dinheiro para o governo, mas com a enxurrada, o dinheiro vem tão rápido que não consegue parar na ponte e vai direto para os bolsos dos políticos corruptos. Quando o dinheiro está nos bolsos deles, ou nas cuecas, ou mesmo nas meias, eles estudam para pedir outra remessa. Acontece que o engenheiro errou na conta e o dinheiro não deu para cobrir as despesas. Então vem outra remessa, mas tem mais bobos vazios esperando e esta também não cobriu as despesas. E vem mais dinheiro e nós podbres contribuintes babacas acreditamos em tudo o que esses vagabundos nos impõe. Não importa que as pessoas tenham que desviar vinte ou quarenta quilômetros para poderem resolver seus problemas, inclusive para ir pagar seus impostos. A palavra é bem clara: IMPOSTOS!. E ai de nós se não os pagarmos!
28/01/2010

O matadouro

Este então foi construído e sem ser usado já passou por várias reformas. A eletricidade, por exemplo, já foi feita três ou quatro vezes. O abatedouro não ficou pronto, mesmo assim, mas o eletricista ficou rico. Agora querem alugar para terceiros, mas, quem quiser utilizá-lo terá que fazer mais reformas e com certeza os ladrões do dinheiro público estarão à postos para ver quem vai ser contratado para esta reforma e o coitado que vai alugar vai sustentar mais uma remessa de vagabundos, se ele não for experto. Os nossos políticos não aprenderam a administrar nada, só aprenderam a roubar. Eles são capazes de virar dia e noite estudando como dar um novo golpe. Pobre Ginásio Arthur Müller! Chegou a tua vez. De certo não tinha mais nada para atacar e vão mexer nele para fazer um terminal rodoviário e os jovens que ali jogavam ou se ocupavam em fazer alguma coisa boa, no esporte, no entretenimento, enfim se divertiam ali com coisas boas, até isso lhes será tirado. Os jovens já não podem trabalhar, por serem considerados de menor idade. Se eles não tiverem algo de bom para se entreterem, começam a apelar para as drogas. Quando se forma se formam em alguma coisa, quando isso acontece e vão procurar serviços, vem a palavra chave: tens prática? Que prática poderão ter se nunca lhes foi permitido praticarem em qualquer coisa?
28/01/2010

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Em meu tempo de criança meus pais moravam no interior em Rio dos Cedros. Eles tinham um terreno muito grande para plantar e retirar dessa terra seus alimentos, como por exemplo, aipim, batata doce, chuchu, arroz, feijão, além de taiá branco, tia Japão. Além desses era também plantado o verdadeiro inhame (Branco e vermelho), que era mais usado para tratar os porcos. Também su usava a soca de milho mais bonita para fazer o pão de milho. Meu irmão Ferdinando era carpinteiro, mas nos fins de semana gostava de caçar. Saía cedo para o mato que era nosso e nós que éramos crianças ainda (principalmente eu que era a mais nova da família) Eu ficava só aguardando meu irmão voltar do mato, porque sabia que ele traria além dos tucanos, macucos e outros pássaros como o jacu, a jacutinga, as rolas, que eram as maiores. Só se caçava o tanto que se podia comer sem desperdício, já que naquele tempo havia muita caça e todos costumavam caçar para comer. Mas eu ficava esperando ele trazer frutas do mato, como por exemplo, o abio, mamão do mato que era bem pequeno e só se podia comer descascando dentro da água, se não ele “mordia” na língua. As nós comíamos com muito prazer, ele era muito gostoso. Ele também trazia maracujá, goiaba e outras frutas cujo nome não lembro mais. E sabem onde ele trazia estas frutas? Dentro da camisa! Quando ele chegava em casa eu olhava para a barriga dele, se ela estivesse bem gorda, tinha muita fruta, se não tinha pouca. As frutas que ele trazia também tinham a ver com a época. Conforme o caso havia também o bacabari e a cumbuca, frutas que hoje em dia já quase não se vê mais, porque são frutas selvagens. Eu consegui ter aqui onde eu moro alguns pés de bacabari e também de cumbuca. O que eu não consegui foi a jabuticaba, mas tenho um pé de cacau que já deu vários frutos e que também são gostosos. Meu pai também gostava de caçar, mas ele sempre esperava a época do milho, que daí caçava porco do mato. Eles vinham em bandos para comer o milho sempre quando era a época da colheita. Meu pai ficava escondido e quando vinha o bando ele matava um e botava nas costas e o resto podia fugir e fugia. Ele então vinha para casa e dai limpavam o porco e salgavam a carne para não estragar já que não existia geladeira. Depois enrolava-se em palha de milho e colocavam tudo em tonéis de madeira. Dali era retirada aos poucos para preparar e comer. E assim era a vida de meus pais junto com a família. Ainda nem falei que meu pai tinha uma pequena ferraria onde ele fazia ferramentas para os colonos e também colocava ferradura nos cavalos. Por isso ele ia muito pouco à roça. Era mais a mamãe e as filhas que plantavam e colhiam, já que dos filhos um era carpinteiro (que era o Ferdinando) e o Cirilo ajudava o papai na ferraria. O Nicolau era motorista de caminha e trabalhava para uma firma de Blumenau. Então sobravam as mulheres que eram dez filhas e mais a mamãe. Só que as mais velhas foram casando e cada uma tomando seu rumo. O Ferdinando e o Nicolau também casaram e assim a família foi diminuindo. E assim foi uma época da nossa vida que foi muito boa. Hoje estou com setenta e sete anos e agradeço a Deus todos os dias e noites, por ainda poder escrever, ler e pagar minhas contas, apesar de ser viúva a seis anos. Mas tenho meu filho que olha por mim e me ajuda quando se faz necessário. Eu digo mais uma vez: obrigada meu Deus.
14/04/2010


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A distância entre Rio dos Cedros e Rio Ada era de, mais ou menos, quinze quilometros. Rio Ada era onde moravam meus avós por parte de mãe. Eram o vovô José e a vovó Clara Kraetzer. Nos gostávamos muito de passear na casa deles, porque ficava bem no meio do mato. Tinham um rio, bastante gado, um pasto enorme e nós corríamos pelo pasto até cair de cansadas. Nós, que eu digo, éramos a minha prima Amanda e o primo Wilfred. De vez em quando ainda iam também minhas irmãs gêmeas Catarina e Olinda . Mas geralmente elas ficavam em casa para ajudar a Clara e a Ana a fazer o serviço. Nós íamos a pé, eu e mamãe. Só quando o papai ia junto íamos de carroça, com dois cavalos na tração. Essa era a única condução possível naquele tempo, já que não existia carro ou ônibus. Então era só a pé ou de carroça. Na casa de meus avós, naquele tempo, já morava o tio Ricardo, que já era casado com a tia Guilhermina, pais da Amanda e do Wilfred. Eles tinham muitos pombos caseiros. Era pombo por tudo quanto era lado. Eu dormia junto com minha prima e quando amanhecia o dia a gente escutava os pombos arrulhar, pedindo comida e o rio fazendo aquele barulhinho gostoso, passando bem ao lado da casa. Era uma coisa muito fascinante. Nós nos levantávamos e íamos lá no rio lavar o rosto naquela água fresquinha e limpinha. Depois tomávamos o café e íamos tratar os pombos, as galinhas, os patos e marrecos. Até gansos tinha lá no sítio. Uma vez fomos com papai, mamãe eu, porque o papai queria trazer de lá um cachorro que meu tio deu para meu pai. E lá fomos nós de carroça. Mas antes de chegar na casa de meu avô tinha uma serrinha bem do lado de um rio e perto do rio tinha uma fábrica de papelão que era tocada à água. A subida da serrinha dava medo porque o rio ficava lá embaixo e fazia barulho por causa da represa. Nossos cavalos se assustavam e se não se segurasse firme nas rédeas eles disparavam e eu me borrava de medo. A volta é que foi perigosa. Eu tive que sentar mo fundo da carroça e segurar o cachorro que queria fugir o tempo todo. Ele latia e pulava e eu tinha que segurá-lo e quando chegamos a represa o bicho pegou. Eu segurava o cachorro, ele queria pular e eu tinha medo que os cavalos se assustassem e disparassem. Eu segurava o cachorro e chorava de medo e papai brigava comigo para que eu ficasse quieta. O cachorro se chamava “Levanta”. Era grande e todo branco. Então eu dizia para o cão para o cão: - “Levanta, fica quieto, se não eu morro de medo. E o “Levanta” nada de ficar quieto. E foi assim até chegar em casa. Mas não terminou aí não... Depois de algum tempo o cachorro ficou muito bravo e corria atrás das pessoas na rua, principalmente quem estava de bicicleta. Ele chegou mesmo a derrubar as pessoas, mas nunca mordeu ninguém. Meu pai não queria manter o animal na corrente e como a cerca era só de arame farpado ele passava facilmente pelos fios e ganhava a rua. Não sei quanto tempo se passou, até que um dia encontramos o “Levanta” morto. E o “Levanta” não levantou mais. Nunca soubemos se foi atropelamento ou se alguém o matou. Carros era difícil passarem por aí, pois não os havia. Eram somente carroças. Daí ficamos sem saber como o animal foi morto, só se soube que o”Levanta” não se levantou mais e foi o fim do cachorro de muitas proezas. Obrigada eu Deus!
21/04/2010


Cantigas infantis em alemão e italiano


Die Mülle

Da clapt die mülle
Am rauschen der Bach
Clip – clap clip – clap


Bei tach und bei nacht
Is die mülle stez wach
Clip-clap clip-clap

Die Mählt den korn
Zu den kraftiges broht
Clip-clap clip-clap

Haben wier diesen
So ist keine noht
Clip-clap clip-clap

Namoro inconsequente


L’amore

Anchoi l‘é luni, doman l’é marti
Noi ghe larte per far l’amor (BIS)

Anchoi l’é marti, doman l’é mercol
Noi gha l’estro per far l’amor

Anchoi l’é mercol, doman lé zóbia
Noi gha la voia per far l’amor

Ancoi l’é zóbia, doman l’é vendro
Ei manda el zendro per far l’amor

Anchoi l’é vendro, doman l’é zabo
Ei si incaga per far l’amor

Anchoi l’é zabo, doman l’é festa
Ei gha mal de testa per far l’amor

Anchoi Le festa, doman l’é luni
No va nessuni a far l’amor


Parte II
A Alma das Ruas


Rua Venâncio da Silva Porto

Entre os anos de 1946/47, eu estava trabalhando no Hotel Cruzeiro em Jaraguá do Sul, que ficava localizado na Rua Marechal Deodoro da Fonseca. O prédio ainda existe, mas com outras funções Pois bem, eu trabalhava de domingo á domingo, embora uma ou outra vez podia sair para passear, num domingo à tarde. Mas tinha que voltar antes das seis horas da tarde, para continuar o serviço. Uma vez, as minhas colegas de serviço me convidaram para ir a uma “domingueira” – era um baile domingo à tarde, que depois chamavam de “soire”. Resolvi e fui com elas. Chegamos a Rua Venâncio da Silva Porto, e logo no começo havia um boteco, que era um pequeno comércio e pertencia ao Sr. José Kasteler e os pais dele, cujos nomes não lembro mais. Este comércio ficava na esquina com a rua Francisco de Góes. Logo na entrada desta rua, atrás da casa do Sr. Kasteler tinha uma construção que abrigava um salão de baile. E ali era a tal “domingueira”. O salão era chamado de “Arroz com Feijão”, porque metade das pessoas que ali se divertiam era de negros e a outra parte de brancos, mas era muito divertido. Dançamos a tarde toda até cerca de seis ou sete horas, mas eu não podia ficar mais porque tinha que trabalhar. Convidei minhas colegas para irmos embora, mas elas não precisavam sair cedo porque à noite elas não trabalhavam. Eu tinha que cumprir horários. Então saí sozinha, cheguei a Rua Venâncio da Silva Porto e não sabia para que lado ir. Fiquei olhando – “vou para a direita ou vou para a esquerda”. Então subi a rua um pedaço, mas vi que não era por ali que viemos. Então fiquei olhando e achei o lugar tão bonito que cheguei a comentar com minhas colegas. Disse que havia achado o bairro bonito e falei: “ali eu gostaria de morar, se eu pudesse”. E tinha mais um encanto: a estrada de Ferro também passava ali. Eu imaginava vendo o trem passando em frente a minha casa. Elas riram de mim. Mas o tempo passou e eu conheci um homem. Mas isto depois de dar muitas voltas e mudar por vários empregos. Cheguei a morar na Barra do Rio Cerro e neste emprego conheci o tal homem, que disse morar na Rua Venâncio da Silva Porto e num abrir e fechar de olhos casei e vim morar na mesma rua onde moro há 53 anos e no bairro dos meus sonhos.
20/22/2009

Rua Marechal Deodoro da Fonseca – Sentido bairro Centro – Margem esquerda

A esquerda da casa do Sr. Mafra, cujo nome não me lembro, só sei tinham uma filha com o nome de Senísia. Ela trabalhava como locutora da então única estação de rádio que existia lá pelos idos de 48 ou 49 – ZYP9 – Rádio Jaraguá. Depois foi e é até hoje professora. Casou-se com oSr.José de Castilho Pinto e se não me falha a memória ele era fiscal de laticínios (Não tenho Certeza). Depois era a casa de João Marcatto e o Loreno também. Não Lembro se tinham mais filhos. Depois da casa tinha a fábrica de chapéus Marcatto, em seguida vinha casa do Sr.Arthur Henschel, casado, que tinha três filhos: Arno(falecido), Elvira casada com Victor Bauer (que já foi Prefeito de Jaraguá do Sul) e mais um menino que morreu pequeno. Depois tinha a casa dos Martini, a mesma casa depois era dos Aldrovandi, que tinha uma serraria no Molha. Em seguida vinha a casa dos Janssen que eram donos de uma fábrica de calhas. O Sr. Janssen era pai de Henrique, casado com a Inês Schiochet, e mais uma filha cujo nome não lembro, nem sei com quem casou. Em seguida vinha a casa do Sr. Alex Behling que era motorista da Companhia de Transportes Andorinha (o ônibus). Tinha três filhos: Wiegando casado com uma Kienen, Waldemar, cosado com uma Loss e Afonso. Na sequência vinha a casa do Barg. A primeira era a casa do Heinz, dono de um sobrado dois andares verde, muito bonito. A segunda era do Sr. Edgar. O Heinz tinha só um filho o Franck que hoje é dono de um laboratório de análises clínicas chamado Laboratório Ceaclin, não sei se estou certa do nome é quase isso. O Edgar era casado com uma Bledorn do Rio da Luz e tinha um casal de filhos: O “Matzi” e a “Nena”, que só conheci por apelidos. O “Matzi” era taxista e já é falecido, já da “Nena” não seu paradeiro. O Sr. Edgar Barg tinha uma loja de calçados e era revendedor dos afamados calçados GOSH, cuja fábrica ficava na Rua Jorge Czerniewicz. Foi lá que comprei meu primeiro sapato com o dinheiro do meu trabalho. Depois vinha uma casinha pequena de madeira onde vivia a “Oma” Reif e sua filha Edith, como eram conhecidas por todos. Ambas eram pessoas adoentadas e eu gostava muito delas. Eu trabalhei bem em frente à casa delas, no Hotel Cruzeiro. Como eu vivia cantando, então a “Oma” me chamava de canarinho. Em seguida havia uma propriedade do Sr. Carlos Haas e da Dona Adélia. Lá havia um galpão que eles alugavam para depósitos e atrás tinha um ranchinho onde estava instalada uma lavanderia. E o Sr. Oscar Reuter, dono do Hotel, alugou para lavar a roupa do Hotel. Eu trabalhava de lavadeira com mais uma moça, todos os dias, inclusive domingos e feriados. Continuando, em seguida vinha uma propriedade do Sr. Bartel (Ele era pedreiro)morava na Barão do Rio Branco, mas tinha esta propriedade, inclusive com uma casa. A mulher dele plantava e tinha uma criação de galinhas e uma vaca. Ela vinha todos os dias de bicicleta com as duas crianças, uma sentada na frente, na cestinha, e a outra no bagageiro. Eram um rapaz e uma menina, que hoje é casada com o Sr. Kuchembecker que é dono da Joalheria da Marechal, próxima a Igreja Matriz, onde antigamente era o Salão Cristo Rei. Já o filho dele chamava-se Heinz Bartel e é casado com a sra. Ilka Bauer (Irmão do Victor Bauer) e que hoje moram na Silvino da Costa em Barra Velha, próximos a nossa casa de praia. Depois tinha uma casa antiga, onde morava um senhor, que, se não me engano, tinha o sobrenome de Georg. Ele veio da Alemanha e não sei mais nada a respeito dele. Depois tinha lanchonete do Sr.Ferrazza . A rua de acesso ao hospital São José não existia, como também não existia o próprio Hospital. Havia então uma casa que o Sr. Oscar Reuter (Dono do Hotel Cruzeiro) tinha comprado e estava alugada para uma família Felchmann que era de Blumenau. Depois eu não lembro se tinham outras casas antes do comércio do Sr. Heinz Manhke, que aliás tinha também um açougue no fundo da casa comercial. Em seguida vinha o Colégio Divina Providência, cujo terreno fazia rumo coma igreja de Santa Emília, mais tarde foi demolida e construíram a Igreja Matriz de São Sebastião e o Salão Cristo Rei, vizinho ao Colégio São Luís dos Irmãos Maristas. O Loreno estudou os dois primeiros anos no Divina e depois passou para o São Luís. Então uma ruazinha separava o São Luís do comércio de Inácio Leutprecht. Eles tinham uma grande loja de Armarinho, fazendas e calçados. E em seguida vinha uma construção que pertencia ao Sr. Carlos Haas e dona Adélia e nos fundos tinha um porão onde funcionava um restaurante chamado de “Gruta do Leão”. Mas com o passar dos tempos as construções foram aumentando e com isso represando água a cada trovoada e a “Gruta do Leão” enchia de água e tiveram que fechar. Depois lembro que tinha a casa do Orlando Bernardino da Silva. Ele era dentista, casado uma filha casou com o Professor Paulo Moretti e outra com o filho do Walter Marquardt. Tinha também uma pequena oficina de bicicletas, cujo mecânico era a filha do Sr. Wulf. Ele também era mecânico, depois passou para filha e ele tornou-se funcionário público. O apelido dele era “Sete Sacolas”, porque na bicicleta dele sempre estava cheia de sacolas penduradas no guidão.Daí vinha casa do Sr. Ney Franco(ele foi..........) Em seguida o Foto Loos. Na saída da Rua Antônio Carlos Ferreira, bem na esquina ficava o Supermercado Klitzke que era o pai do José Klitzke. Então vinha casa Schmitz(que ainda existe até hoje, a Caixa Econômica, A casa Fruet de Ari Carolino Fruet e Tecla Gumz Fruet. Em seguida o posto de gasolina e a oficina do Sr. Virgílio Moretti, casado com a sra. Hilária Leuthprecht. Depois vinha o que era do Sr. Bruch, depois vendido para a sra. Erna Emmmendoerfer que abriu uma loja de fazendas ou roupas chamda “Climax Magazine”. Em seguida vinha o escritório de contabilidade do Sr.Eugênio Victor Schmöckel (A Comercial). Em seguida haviam um riachinho, que depois foi entubado e sobre ele foi construído o Nelo Hotel ( da família de Aléssio Berri) e que originalmente era para ser umedifício comercial. Em 1976 quando Jaraguá fez cem anos a municipalidade convenceu o Sr. Aléssio a transformá-lo num então assim dito “Moderno” hotel. Na esquina onde hoje está a loja de calçados Beber era a casa do Sr. Willy Sonnenhohl que vendia bicicletas e rádios, geladeiras também. Se não me engano vinha então saída da Rua Gumercindo da Silva e a passagem de nível da Rede Viação Paraná/Santa Catarina – RVPSC. Em seguida vislumbrava-se uma casa muito antiga (tinha te mato no telhado): era a “Pharmácia Horst” (assim mesmo). O farmacêutico era também bem velhinho. Na esquina da Avenida Getúlio Vargas com a Marechal Deodoro era a Ótica Hertel. Na esquina oposta o Banco Sul Brasileiro, o primeiro prédio a ser construído para ser um banco em Jaraguá do Sul. Depois a relojoaria Salfer e em seguida vinha o Comércio de Jorge Meier, depois o Bar Harnack (que durante algum tempo chegou , na década de 70 a ser uma espécie de rodoviária de Jaraguá, entre sua remoção da que havia sido construída para isso na Getúlio Vargas, na década de 50 e a nova que estava em construção na Vila Lalau. Seguida ao Harnack estava a Fármácia Schultz do Pai do Dr. Edson Schulz. Vunha então a cãs do Sr. Alex Barg e que era filho do “Opa” Barg, irmão do Edgar e do Heinz. A esposa dele era cabeleireira e tinha seu salão ali na casa onde eles também moravam e na esquina como estarei citando mais adiante er a casa do Sr. Fiedler.
Volto para Getúlio Vargas, na esquina do banco Sul Brasileiro. No sentido Bairro vinha casa do Sr. Dante Schiochet e sua esposa dona Olívia que também tinha um salão de cabeleireira que só fazia “permanen te” e corte de cabelo. Em seguida tinha uma construção onde funcionava uma lanchonete do ex-vereador Bordim, e uma auto-escola, chamada Auto-Escola Jaraguá do Sr. Lúcio Machado e seu sócio Sr. Marquardt, que foi onde fiz minha carteira de motorista Em seguida vinha a IECLB e na esquina seguinte a casa do Pastor, onde hoje há um prédio da Comunidade Luterana de três andares. Na parte de baixo funciona uma loja, e nas partes superiores há uma série de aptos. E uma escola de música, onde estudam vários alunos.. Então vem a Rua Esthéria Lenzi Freidrich. Na esquina havia uma casa bem velha, de cujo proprietário não lembro o nome. Posteriormente o Sr. Marcos Dalprá comprou e fez sua primeira loja DALMAR, em que vendia roupas. Foi ali que comprei a primeira calça de uniforme do Loreno, quando ele entrou no Colégio São Luís, ali[ás a gente mandava fazer a roupa, porque ele tinha um alfaiate que a costurava para a loja. Daí que tiravam as medidas e faziam a roupas sob medida. Depois vinha uma casa que havia sido a Farmácia Estrela, dirigida pelo Sr. Ricardo Grünewald que foi assassinado na década de 40.. Porém quando eu cheguei a conhecer a casa, funcionava nela uma “verdureira” na parte de baixo e na parte de cima moravam outras pessoas. “Verdureira” que se chamava na época de “Quitanda” e pertencia ao Sr. Manoel e dona Irma Vieira. Por acaso, anos mais tarde tiveram um sobrinho, Oswaldo Vieira que era de Corupá, e que casou em primeiras núpcias, com minha cunhada Ondina Hagedorn. Depois vinha a casa do Sr. Haffemann que era farmacêutico e tinha a farmácia na parte da frente e morava nos fundos. Mais tarde passou a ser residência do Sr. Hinsching. Logo vinha então o Bar Catarinense de propriedade do Sr. Lino Demathé e seu sogro Sr. Marutti. Mais tarde o Bar foi vendido para o Sr. Arthur Ristow e que ficou com ele por muitos anos. Era o lugar de encontro de políticos e ele tinha ali também um grande círculo de amizades que freqüentavam o bar. Vinha a saída da Rua Coronel Emílio Carlos Jourdan. Na esquina vinha o Comércio Breithaupt, só que bem pequeno, no que antigamente havia sido a residência do Sr. Breithaupt. Hoje é o Shopping. Na esquina da Rodoviária vinha a Gráfica Avenida do Sr. Willy Neitzel. Em seguida a saída da Rua Arthur Müller, e logo a praça (hoje do Expedicionário, a Rodoviária antiga, que era onde chegavam os ônibus, principalmente a Andorinha, que era a única empresa que tinha agência em Jaraguá naquela época. Em seguida onde hoje é ocrreio, era um terreno vago, a primeira construção era a Trasnportadora Frenzel (de Felipe Frenzel). Claro não existia INSS, Milium. Vinha então a saída da Rua Felipe Schmidt Na esquina oposta estava a casa do Sr. Leopoldo Silva, em seguida casa comercial do Sr. Manoel Gnzaga (que era uma pequena casa de comércio) e que tinha um sala onde funcionava a barbearia do Sr. Fischer. Logo então onde hoje já um Pett Shop da Família Bens, era a casa do Sr. Egon João da Silva, cujo terreno ia até a esquina da Rua Pastor Ferdinando Schluensen. Na esquina oposta, sentido bairro, vinha uma casa antiga com fachada arredondada (lembrando um pouco a construção que hoje abriga o museu WEG, em que funcionou, por pouco tempo, uma casa de ferragens do Sr. Olegário Kanzler. Nos fundos do Museu WEG a Getúlio cruzava os trilhos, ladeada pela Casa e Barbearia do Sr. Coelho (de um lado) e pela propriedade do Sr. Leopoldo Janssen – depois primeira sede da Eletromotores Jaraguá Ltda (WEG) do outro lado e vinha a Rua Venâncio da Silva Porto
Volto a Avenida Getúlio Vargas, desta vez no Sentido Centro. Na esquina onde hoje situa-se o museu WEG era uma pequena marcenaria e pertencia ao Sr. Leopoldo Silva, que, como já disse, morava no outro lado da rua em frente a delegacia de polícia. Em seguida vinha o Posto de Saúde e logo depois vinha a Delegacia de polícia Civil e Cadeia (hoje demolida). Vinha então o Mercado Público Municipal edificado na década de 60/70. Naquela época não tinha nada ali. Apenas quando se chegava próximo a Estação de Passageiros (hoje restaurada) havia uma banca, onde o Sr. Domenico Sanson vendia peixes que vinham com o trem das praias de São Francisco do Sul. Eram peixe s do mar, é claro. Depois da Estação Ferroviária havia, como hoje uma praça e uma banca de revistas. A Rua Francisco Fischer que liga a Getúlio a Gumercindo, não existia. Entre a estação de Cargas da RVPSC e o edifício Mafud havia apenas a Praça 7 de Setembro, que em 1976 recebeu um complexo de Barbearia, Banca de revistas, e Floricultura. Já demolidas também atualmente. Em seguida vinha o Edifíçio do Sr. Tuffie Mafud. Não lembro se havia outras casas até chegar ao edifico Hertel da Ótica Hertel.

Marechal Deodoro à partir da Barão do Rio Branco – Sentido Bairro Centro – Margem direita

Começando da barão do Rio Branco, sentido centro. Na esquina com Barão esatava situaa uma lanchonete, bar e sorveteria do Sr. Fischer. Era onde nós, as empregadas do Hotel, íamos aos domingos de tarde, tomar um sorvete. Em seguida vinham as casas do Sr. Tombeck e do Sr. Orlando Bernardino (que se mudou, quando o posto Marechal que era do Sr. Maiochi, começou a se expandir – era um dos postos de combustíveis mais conceituados já que tinha também anexo uma oficina mecânica). Nesta oficina trabalhavam o Sr. Vergílio Moretti, Garibaldi Ribeiro, Arno Bledorn e um Sr. Krause e muitos outros cujo nomes não lembro mais. Em seguida vinha a saída da Rua Cabo Harry Haddlich. Na esquina ficava o Hotel Cruzeiro, onde eu trabalhava, em seguida a casa do Sr. João Piccolli, aliás a Rua com este nome foi aberta mais tarde. Logo vinha um grande pasto que eu acho que pertencia ao Sr. Alberto Bauer. Em seguida era a casa do próprio, que tinha nos fundos os prédios da Torrefação e Moagem do Café Bauer. Depois era a padaria do Moritz, que fornecia pães e doces para cidade. O filho do Sr. Moritz eu conheci como “Bubi” Moritz. Em seguida era a casa do Sr. Luiz Kienen que tinha a fábrica de bebidas Kienen. Logo vinha a casa comercial e residencial do Sr. Seme Mattar e de Dona Jorgeta Mattar (Comércio de Tecidos, que se vendiam em metros, para fazer roupas). Saída da Rua Domingos Rodrigues da Nova. Na esquina havia uma casa que se não me engano era do Sr. Norberto Haffemann. Depois vinha o Hotel Jaraguá (cujo proprietário não lembro o nome) em seguida vinha a oficina da Chevrolet de propriedade do Sr. Emmendoerffer onde meus sobrinhos Armando e Valdino Pedron aprenderam a trabalhar como mecânicos de carros. Onde hoje é o comércio e o posto da família emmendoerfer, havia uma casa de comércio do Sr. Pradi (este homem era conhecido pelas suas “histórias” de caçadas – uma delas, eu lembro – ele dizia ter ido caçar e ter dado um tiro numa folha de palmito, que no seu côncavo retinha água e que após o tiro ele havia verificado que havia um cascudo dentro da folha. A Rua João Marcatto não existia. Logo depois existia um casarão muito antigo de madeira, num nível muito mais baixo que a rua, às margens de um riacho que também passava próximo, vindo por trás da casa Leutprecht que ficava quase em frente. Moravam nele várias famílias e dizia-se que a casa era mal assombrada. Depois tinha a vidraçaria do Sr. Walter Hille, o gabinete dentário do Sr. Mário Nicollini e em seguida a panificadora Ótti (?). A saída da Rua Quintino Bocaiúva e no meio do lote era a Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul. Na seqüência vinha o Bar do Sr. Ruizam. Ele tinha um espaço bem grande e um rancho com cocheiras, já que Ra o local onde os colonos vinham com as carroças, trazer suas mercadorias para vender e também para fazerem suas compras. As cocheiras serviam para tratar os cavalos enquanto eles faziam seus negócios na cidade. Vinha então a loja de peças para automóveis do Sr. Hans Beyer, depois a alfaiataria do Sr. João Eisler. Não lembro se tinha alguma construção até a passagem de nível do trilho da RVPSC. Depois vinha a casa da Família Emmendoerffer que até hoje existe, bem na esquina com a Rua Procópio Gomes de Oliveira. Ali funcionava a Persianas Emmendoerffer. Até a entrada para a Rua Jacob Buck que na época dava acesso para a Antiga Ponte Abdon Batista (Ponte Coberta, cujo pilar ainda está no meio do Rio), próximo ao atual Hotel Kayrós. No final da Rua Mal Floriano Peixoto havia a loja de ferragens do Sr. Richter seguida deuma casa muito antiga que durante muitos anos pertenceu ao Dr. Waldemiro Mazurechen, onde funcionava também sua pequena Clínica. Mais tarde após sua mudança, se instalou aí um bar decadente, tido pela comunidade como uma casa de tolerância.
Em tempo: O calçamento nas ruas centrais da cidade iniciou no ano de 1952.

Epitácio Pessoa, Jaraguá do Sul (ano 1944 ou 1947) Sentido Centro –Ponte Abdon Batista/Bairro, lado direito

1) Onde hoje está o posto cidade era a casa do Sr. Romeu bastos casado com a sra. Helga Fiedler, que tinham como empregada Ana Zatelli (Leithold), minha irmã, recentemente falecida em Joinville.
2) ? (Aqui trabalhava a esposa do Sr. Osvaldino Gomes – Sra. Astrogilda) N.B.: casaram algum tempo depois.
3) Casa de Ericha Bolsfeldt – Filho de Heinz Blosfeldt(Juiz de Paz) casado com Joana Breithaupt – Filha de Inês Breithaupt, esposa do velhinho Breithaupt que morava junto. Tinha na parte inferior do sobrado uma loja de calçados – Calçados Blosfeldt. Eu trabalhei e morei ali por cerca de três meses (Mar/Abr/Mai-47)
4) Uma oficina Mecânica
5) Empresul – atual Celesc
6) Dr. Bataglha
7) Uma oficina Mecânica com Posto de gasolina
8) Andersen (relojoeiro) Tinha uma filha adotiva que depois casou com Augusto Sylvio Prodhöl
9) Adão Norozhny
10) Casa do Velho Piazera, paia de dona Lila – que mais tarde foi a primeira esposa do Dr. Murilo Barreto de Azevedo. Depois a casa passou para Emílio da Silva (esta casa teria virado Posto de Informações Turísticas em 1979, quando foi re-locada e modificada em suas características originais. Atualmente locada na Rua Joinville (Atual Rua Bernardo Dornbusch) Neste terreno agora está localizada a moderna casa de um empresário local.
11) Casa ainda existente, sobrado de beira de rua, casa de Procópio Pereira (“seu Copinho”) e de Dona Paula Pereira, que eram donos do Bar da Estação Ferroviária, que fabricava os melhores sorvetes de Jaraguá do Sul e os servia em suas mesas de cimento lá na Estação Ferroviária.
12) Casa de Dona Jalila Tobias (Atual Vídeo Locadora) Eram sírio-libaneses falavam seu idioma entre os familiares e ela era a única mulher em Jaraguá do Sul a fumar cachimbo, numa época em que sequer cigarros a mulheres fumavam. Vestia um vestido típicos muito longos (até os pés)e seu inseparável lenço cobrindo a cabeça.
13) Vila Umuarama – Casa do Médico Dr. Waldemiro Mazurechen, construída depois que ele saiu da casa no começo da rua – já citada.
14) Casa May (ela era professora no Rio da Luz e seu filho Wilson May, estudou com o Loreno no Ginásio São Luís.
15) ?
16) Casa de Arthur Breithaupt, pai de Heinz, Gerhardt, Olga (casada com Heinrich Geffert), “Nutzi” casada com o Hertel. O Heinz morou aqui até 2008
17) Casa do Pai do Ex-Prefeito Rolando Dornbusch (ate 2008 morou o Diether Janssen, casado com a Zélia Breithaupt – Neta do Heinz)
18) Casa do Rolando Dornbusch – Já demolida em 2009
19) Casa de Erich Sprung, casado com a “Muschi” Geffert.
20) Casa de Gertrud Geffert Enderle (irmã de Heinrich Geffert) casada com o Dr. Enderle, que nos primórdios da WEG foram médico e enfermeira nesta empresa.
21) Casa de João Batista Rudolf (que foi o primeiro delegado de Jaraguá do Sul) Era madeireiro e tinha uma gigantesca serraria bem no início da Venâncio da Silva Porto.
22) Sobrado mais tarde ocupado pelo Sr. Brito – que era uma espécie de invetor (Prof. Pardal de Jaraguá do Sul). Ele era um gênio e trabalhou na WEG como mecânico e criava todos os moldes para a fundição. O contramolde em madeira era feito conforme seus desenhos pelo meu marido – Theobaldo Hagedorn em nossa marcenaria na Venâncio da Silva Porto.
23) Casa de Dona Maria Grubba – nesta casa funcionou a representação em Jaraguá do Sul do Banco Alemão Transatlântico do Qual o Cel. Bernardo Grubba era o representante.
24) Queijaria do Cel. Bernardo Grubba
25) Depósito do Cel Bernardo Gruba
26) Entre a estrada e o rio havia uma pequena faixa de terra que pertencia ao Sr. “Bubbi” Funcke.
27) Não havia uma ligação entre a a Epitácio pessoa e a Erwino Menegotti. Naquele tempo a ligação com a Erwino Menegotti se fazia oficialmente através da Venâncio da Silva Porto e ao conjunto se chamava então Estrada Nova. A parte entre a passagem de Nível (onde havia a Barbearia do Sr. Coelho no então final de Getúlio) até a nova passagem de nível próximo já na Joaquim Francisco de Paula 0 foi aberta pelo meu sogro em 1934, dái que a chamassem oficiosamente de “Estrada Nova”.
28) ?
29) ?
30) Comércio de Modestino Junckes (Sobrado ainda existente – morava em cima e tinha comércio na parte inferior.
31) Casa do Sr. Bublitz (posteriormente casa de Erwino e Maria Kanzlaer Menegotti) madrinha de batismo de Theobaldo Hagedorn – meu esposo
Mesma Rua, no lado esquerdo, sentido Centro Bairro
1) Casa do velhinhos Fiedler (Pais de Helga0 Onde mais tarde funcionou a Telesc
2) Indústrias Meyer e Buhr
3) Casa de Alfonso Buhr (pai do Klaus) casado com uma Meyer
4) Antiga casa da Administração da Colônia Jaraguá de Pacher e Cia. Magnífico sobrado em três pisos em enxaimel. Foi uma construção única em seu estilo em todo o estado. Infelizmente foi demolida para ar lugar ao Edifício Jaraguá que foi ao seu tempo o primeiro Edifício com mais de 10 pavimentos do município. Construído pouco depois da Administração de Victor Bauer, que aliás reside na cobertura. Na antiga casa funcionaram a Coletoria Estadual cujo coletor foi o Sr. João Gaya e que com sua Esposa SRA. Adelina, inclusive moraram no mesmo. Eu trabalhei aqui como doméstica em Jul do mesmo ano de 47.
5) Casa de Roberto Marquardt – Dentista, pai de Silvia, casada com José Frutuoso, pais de Marina (falecida que virou nome de Rua), Zeca e um filhos mais cujo nome não lembro. Mais tarde passou a ser casa do pastor (ao tempo do pastor Piske +/-1995/96)
6) Casa de Comércio e residência de Heinz Kolbach, casada com Dona Ilze, irmã do Walter Goetzke. O Kolbach iniciou ali seu comércio de rádios e equipamentos elétricos. Hoje há em sua lugar uma lanchonete, próxima o atual Hotel Mercury – aliás também demolida recentemente.
7) 6?
8) Casa da Irmãs solteironas do Sr. Afonso Buhr, que tocavam piano no Salão, Hotel, Cine Buhr.
9) Na outra esquina era a escola a professora Aurélia Walter (filha do Walther que era o cervejeiro da cidade) e que era esposa do Sr. Walter Marquardt em Joinville/ donos da Malharia Martric, primo do Walter Marquardt de Jaraguá. Trabalhei nesta casa em Joinville de 1952 até 1954
10) Casa e Consultório do Sr. Erich Kaufamann
11) Novo Hotel
12) Saída de Rua Arthur Müller
13) Grupo Escola Abdon Batista
14) Casa que na década de 70 foi a pensão administrada pelo Ferrazza, que trabalhava na WEG, jogava no time de futebol da ARWEG e faleceu em trágico acidente de trânsito entre Joinville e Jaraguá do Sul +/- entre 1971/1972. era um tempo que para perfurar os cartões da recém criada Loteria Esportiva era necessário ira a Joinville. Novidade que ainda não podia ser realizada em Jaraguá do Sul.
15) Casa da Família Braun (Cujas filhas são professoras e funcionárias públicas da municipalidade, atualmente) Eles tinham uma representação de Máquinas e Equipamentos Agrícolas na cidade na déc. De 70.
16) Casa da Família Borges. Um dos filhos desta família era uma nadador e mergulhador do Rio Itapocu, de algum renome e que faleceu ao salvar um afogado no Rio. Já a filha do casal era professora e foi professora de meu Marido Theobaldo Hagedorn , na escola Jaraguá.
17) Pensão Familiar, na década de 30 serviu de sede temporária para a recém criada Prefeitura Municipal, na década de 70 passou a ser o Hotel Jaraguá, posteriormente firou uma casa de tolerância e um boteco. Foi demolido para dar lugar a nada, durante muito tempo e finalmente estabeleceu-se ali uma espécie de oficina mecânica, eu acho. Era uma magnífica construção em estilo Art Decô, com cimalhas em cimento e gesso, com motivos florais e da natureza. Tinha mansarda e porão.
18) Rua Pe. Pedro Francken que vinha das estações Rodoviária e Ferroviária.
19) Casa Nova e Consultório do Dr. Alexandre Otsa.
20) Pequena rua sem saída.
21) Início da esquina com o sobrado que era residência do Sr. Sell, na parte superior e na parte inferior sua estofaria.
22) Final da esquina casa do irmão do Sr. Rui Frenzel, casado com uma Gumz
23) Travessa da Rua Felipe Schmidt que vai atualmente dar na Millium
24) Casa de esquina do Sr. Arno Müller, havia somente uma pequena casa de madeira, com a sua sapataria na parte da frente e ele morava nos fundos com a famíliia.
25) Casa Franckowiack (construída por Gustavo Hagedorn e Max Hoepfner) Ainda em pé, hoje servindo como restaurante.
26) Rua que sai em frente ao museu WEG
27) Onde hoje está Marlian Contabilidade, havia a cada do Sr. Bruno Manhke.
28) Na esquina onde hoje a Sra. Ilka Manhke Schm idt tem sua loja de corações para festa, havia a casa do Sr. Mafud.
29) Em seguida, não havia ainda o pavilhão Arthur Müller, construído na década de 70, com propagando de ser um dos maiores Ginásios de Esportes do Norte Catarinense. Era então um terreno baldio e seguia com as construções no meio do gigantesco lote da prédios do Descascador de Arroz do Cel. Bernardo Grubba.
30) Rua Cel. Bernardo Grubba.
31) Comércio de Waldemar e Dona “Nega”Grubba
32) Casa de Adalberto Grubba, que durante muitos anos abrigou a sede do SESC em Jaraguá do Sul
33) Casa de Walter Goetzke, Cunhado de Heins Kolbach, que tinha sua indústria situação sobre o morro nos fundos. Walter possui uma oficina de Bicicletas e uma floricultura.
34) Antiga casa da Família Bertoldi, casado com uma Rau, que atualmente mora num dos terrenos espremidos no meio do Angeloni, na Rua Cel. Bernardo Grubba.
35) A casa do Velho Hasse, a Casa era contra o morro, e possuía uma característica muito interessante, construída a maneira bávara, com uma área em arco enorme onde podiam passar os caminhões de antigamente. Sua esposa era costureira e professora de corte e costura. Já ele era mecânico. Ele foi um dos únicos jaraguaenses a mascar fumo que conheci. Na realidade creio que ambos eram naturais da Alemanha. Ela faleceu no asilo há alguns anos com a provecta idade de 103 anos. Atualmente há no local uma serei de apartamentos
36) Contra o morro do Bruns, já quase no alto, havia uma casa de madeira, em que morava o Sr. Roepcke que era emecânico e trabalha na Tribrasil.
37) Casa de Roberto e Paula Funcke
38) Já na Erwino Menegotti, iniciava-se a rua sem saída que fazia parte da estrada nova, havia ali a Fábrica de balas do Opa Schmidt.
39) ?
40) Casa residencial do Sr. João Manoel Coelho. Numa esquina da Francisco de Paula
41) Na outra esquina da rua Francisco de Paula o comércio de João Manoel Coelho que funcionou com seu Filho Nilton Coelho e Laurita Gross Coelho até a década de 70/80
42) Primeira casa do Sr. Erwino Menegotti, casado com a Sr. Maria Kanzler Menegotti.
43) Ferraria do Sr. Erwino Menegotti que hoje junto com o Comércio dos Coelho e outras propriedades mais, viraram Metalúrgica Menegotti
44) Olaria do Sr. Alfredo Meier.

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